• Suboficial celebra mais de 40 anos de serviço na EPCAR

    Rosângela participou do atendimento médico das vítimas de um acidente de helicóptero na cidade de Barbacena, em 1999

    Foto: Sargento Domingos

    Quando o pai de Rosângela Dias da Costa lhe enviou pelos correios uma matéria sobre o ingresso das mulheres nas fileiras das Forças Armadas, na década de 1980, ela não imaginava que passaria a maior parte da sua vida servindo na Força Aérea Brasileira (FAB). Atualmente, quase 42 anos após ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) como Cabo e chegar à graduação de Suboficial, a militar que agora é PTTC (Prestação de Tarefa por Tempo Certo) coleciona memórias de missões na “Nascente do Poder Aéreo”.

    A Suboficial Rosângela foi designada à Guarnição de Aeronáutica de Barbacena (GUARNAE-BQ) em julho de 1983, tendo ido para a reserva em março de 2016. Apenas quatro meses depois, ela retornou à Organização Militar, onde atuou todos esses anos principalmente no Hospital. “Servi minha vida toda na EPCAR, desde os 21 anos até hoje. Foram vários os desafios para mostrar que tinha capacidade física, capacidade intelectual e que estava em igualdade de condições. Eu aprendi no mundo militar a ter mais paciência e autodisciplina”, conta.

    À época daquela carta em 1980, o pai da Suboficial Rosângela estava fora de Belo Horizonte, cidade onde ela e a família moravam. “Fui estimulada pelo meu pai a entrar na Aeronáutica depois que ele leu uma reportagem no jornal. Ele passou a me ligar todos os dias para falar disso, até que eu resolvi me inscrever após terminar o curso de auxiliar de enfermagem”, lembra. A primeira formatura dela na Escola Preparatória foi a do Aniversário de 110 anos de Santos Dumont.

    Uma das situações mais marcantes foi quando ela participou do atendimento médico das vítimas de um acidente de helicóptero na cidade de Barbacena, em 1999. “Foi tudo muito difícil e triste, eu nem estava escalada, mas no momento do acidente fui lá e ajudei a socorrer o piloto com uma colega do Hospital. Em um resgate real a gente tem medo e pode se sentir incapaz, mas fazemos o que tem de ser feito para salvar a vida daquelas pessoas”, explica.

    Para a Suboficial Rosângela, trabalhar na EPCAR é fazer parte da história de inúmeros militares que passaram pela “Nascente do Poder Aéreo”. “O que eu vejo no quartel, principalmente em relação aos Alunos, é que a vida militar faz toda a diferença na conduta, na responsabilidade e no respeito. Eu vou levar para a minha vida toda essa experiência militar, vou sentir falta de todos com quem eu convivi, dos praças, dos graduados e dos oficiais. Sempre trabalhei com muita disposição e orgulho da EPCAR!”, complementa.

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