• AMM aciona Tribunal de Contas sobre impactos da privatização da Copasa nos municípios mineiros

    Associação Mineira de Municípios busca orientação oficial do Tribunal de Contas para esclarecer como cidades devem proceder juridicamente diante da possível privatização da Copasa.

    Foto: Cristiano Machado / Imprensa MG

    A Associação Mineira de Municípios (AMM) protocolou, nesta semana, uma consulta formal ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) para obter orientação oficial sobre os efeitos da privatização da Copasa nos contratos mantidos atualmente com os municípios mineiros.

    A iniciativa ocorre diante do cenário que envolve mais de 600 municípios de Minas Gerais que possuem contratos de programa ou de concessão firmados com a Copasa, celebrados antes do novo Marco Legal do Saneamento (Lei Federal nº 14.026/2020).

    Com a possibilidade de privatização da companhia, a AMM busca esclarecer, junto ao órgão de controle, como os municípios devem proceder juridicamente, especialmente à luz do artigo 14 da nova legislação, que trata da adaptação ou substituição dos contratos após a alteração do controle acionário.

    Entre os principais questionamentos apresentados ao Tribunal estão:

                •          Se o município tem autonomia para decidir pela manutenção ou não do contrato após a privatização da Copasa;

                •          Se há obrigatoriedade legal de manter o vínculo contratual caso a empresa privatizada apresente proposta de adaptação;

                •          Quais são os procedimentos corretos em caso de decisão pelo encerramento do contrato;

                •          Se a simples não anuência do município extingue automaticamente o contrato ou se é necessário um processo administrativo formal.

    A AMM destaca que a resposta do Tribunal é essencial para garantir segurança jurídica aos gestores municipais, evitando riscos de responsabilização, além de preservar a autonomia dos municípios na gestão do saneamento básico, conforme reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal.

    Além da atuação junto ao Tribunal de Contas, a AMM também está organizando a realização de um encontro com os prefeitos das cidades mineiras atendidas pela Copasa para discutir, de forma técnica e conjunta, os impactos políticos, econômicos e administrativos que o processo de privatização pode trazer. A proposta é construir soluções coletivas que defendam os interesses dos municípios e da população mineira.

    Ao longo do último mês, a AMM e sua equipe técnica estiveram em reuniões com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Tadeu Leite, além de outros deputados estaduais, prefeitos, representantes de agências reguladoras e com o presidente da Copasa, Fernando Passalio, para tratar dos possíveis impactos da privatização da companhia.

    A entidade segue cumprindo seu papel de defesa institucional dos municípios, promovendo o diálogo técnico e institucional e buscando todas as informações necessárias para garantir respaldo legal aos gestores na tomada de decisões, com total segurança jurídica.

    A AMM reforça que continuará acompanhando o tema, irá reunir e ouvir os prefeitos e manterá todos informados assim que houver o posicionamento oficial do Tribunal de Contas.

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