Males do século
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Na sequência de nossa “Coluna Desbloqueando a sua Mente!”, hoje vamos falar sobre os males do século. O índice de pessoas com depressão aumentou 18,4% entre 2005 e 2015, atingindo 322 milhões de homens e mulheres em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é de que 11,5 milhões de habitantes sofra com a doença. O Brasil, aliás, é aquele com a maior incidência de depressão na América Latina, e o segundo considerando as Américas, perdendo apenas para os Estados Unidos. Os dados são da Organização Mundial da Saúde.
Porém, uma questão grave como é a depressão, necessita de soluções internas em nós, entretanto, nos acostumamos a achar que tudo isso veio de fora, e, de novo, buscamos soluções externas, dessa vez em forma de comprimidos.
É como se fosse possível empurrar os dilemas para debaixo do tapete e se esconder atrás de remédios que só tratam os sintomas, não as causas reais das dores emocionais. E para piorar, infelizmente vivemos em meio a uma indústria que, cada vez mais, quer que nos mantenhamos anestesiados – ou aprisionados – em relação a nossos problemas. E isso se prova com números.
De acordo com a consultoria IQVIA, líder mundial em informações a respeito de produtos e serviços de saúde, o analgésico mais popular que conhecemos é um dos medicamentos mais vendidos do Brasil.
Para se ter uma ideia do consumo, basta dizer que entre 2013 e 2016 o produto saiu da nona para a quinta posição na lista dos dez mais comercializados. Isso principalmente porque o analgésico tem princípios ativos que agem rapidamente, além de ter todo um projeto de marketing e vendas muito bem organizado nas farmácias, nos principais meios de comunicação e nas redes sociais. A questão é que, quando não usado de forma direcionada, o medicamento pode acabar mascarando os reais problemas de quem o consome.
Outro exemplo dessa tendência de ter nos remédios uma muleta diz respeito ao uso do clonazepam. Princípio ativo usado no medicamento indicado para o controle de fobia social, distúrbio de pânico e ansiedade de modo geral.
Sobre esse medicamento em particular, nosso país se destaca. Segundo matéria publicada pela Superinteressante, em 2018, os brasileiros são os maiores consumidores mundiais desse fármaco, que depois de ingerido permanece 18h agindo no corpo. É isso mesmo, 18h!
É preciso lembrar que o risco de dependência é alto, o que ocorre muitas vezes em dois ou três meses de medicação. Por isso deveria haver muito mais cautela em relação ao uso. Há até mesmo registros de casos de internação por abstinência. Geralmente não é possível parar de fazer uso de uma hora para outra, sem que seja feito antes um corte lento e programado.
Em momentos de pressão, tão comuns nos dias de hoje, nosso cérebro precisa trabalhar de forma mais acelerada, o que mexe conosco a ponto de provocar ansiedade. O remédio entra, nesse contexto, como uma ferramenta que ajuda a dar equilíbrio. Contudo, isso ocorre em um nível superficial.
Ainda segundo a IQVIA, entre 2013 e 2017, foi registrado um aumento de 42% nas vendas de remédios no Brasil. Não à toa, o mercado farmacêutico faturou R$ 49 bilhões no país em 2016. E isso não é tudo: de acordo com um estudo do Ministério da Saúde feito entre 2013 e 2014 com 41 mil entrevistados em todas as regiões, metade das pessoas ouvidas ingeriu no mínimo um remédio nas duas semanas anteriores à pesquisa, o que reflete o fato de se ter uma pequena farmácia em casa e fazer da automedicação um hábito cotidiano.
Esta realidade é tão grave que, conheço pessoas que vão a consultas médias e saem frustrados do consultório, porque o médico não entregou uma receita com uma lista de medicamentos. Essas pessoas costumam dizer: “médicos fracos”, que não resolvem nada. Triste constatação.
Trata-se de um bom retrato do problema no Brasil. E olhe que eu nem citei aqui o famoso “doutor Google”, o maior aliado de quem pratica a automedicação e se apavora por conta própria em casa antes de procurar um profissional para entender o que de fato está acontecendo em caso de doenças.
Tudo isso ocorre porque nos fazem acreditar, desde a infância, que a solução para nossos problemas está fora de nós. Estudar mais, terminar aquele curso, conseguir aquele emprego, casar, sempre falta “só mais um item” externo para nos sentirmos bem.
Assim, parece normal achar que a solução está na prateleira da farmácia, e não em nosso interior. Isso limita o conhecimento sobre como dominar a Mente e Desbloquear o poder interior.
Durante nossa jornada pela “Coluna Desbloqueando a sua Mente!”, vamos, pouco a pouco, de maneira profissional e científica, explicando e extinguindo dúvidas sobre o funcionamento da nossa Mente, bem como as maneiras de tornar nossa vida um pouco mais racional, seguindo os ideais da filosofia clássica, da Psicologia Positiva, das teorias contemporâneas sobre desenvolvimento humano e pessoal, neurociências, além de outras áreas.
Acompanhe aqui, semanalmente, a “Coluna Desbloqueando a sua Mente!”
SOBRE MARCELO MIRANDA
Marcelo Mauricio Miranda – Treinador Comportamental de Alto Impacto (MTI); Hipnoterapeuta (OMNI Hypnosis); Master Trainer Internacional em Programação Neurolinguística (PNL) (IN); Coach Integrativo Sistêmico (ICI); Comunicólogo (UNIPAC – MG), Especialista em Administração, Marketing e Gestão Pública (UNIPAC – MG); Mestre em Educação e Sociedade (UNIPAC – MG).
ATENDIMENTOS: Hipnoterapia . PNL . Coaching / CORPORATIVO: Palestras . Treinamentos . Workshops – Informações: (32)98857-1419; Consultório Marcelo Miranda – Largo Marechal Deodoro, nº 6, Edifício Mário Viroretti, Sala 221, Barbacena (MG); www.marcelomirandaoficial.com.br; @marcelomiranda.oficial