• Zé Malão promete lutar até o fim para se manter no cargo

    Vereador acusou partido de perseguição política

    Em sua fala na tribuna da Câmara Municipal de Barbacena, durante sessão na noite de quinta-feira (19/08), o vereador Orlando José Garcia, o Zé Malão, falou sobre a sua expulsão do Partido Democrático Trabalhista (PDT), determinada esta semana pelo diretório estadual, após o vereador ter participado de uma ação popular, em frente à Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar). De acordo com informações, teoricamente, a ação popular, além de apoio ao Presidente Bolsonaro, também homenageava o Golpe Militar de 1964.

    Zé Malão iniciou sua fala lembrando o artigo 29 da Constituição Federal, que se refere à inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato. Logo em seguida, informou à Mesa da Câmara, que ele entrou com recurso junto ao diretório nacional do PDT, e questionou se ele tem ou não imunidade parlamentar para expressar sua opinião, como vereador, dentro e fora da Câmara.

    O vereador também disse que o seu nome, no processo do PDT, está errado. No documento, ele é chamado de Orlando José da Silva, e não Orlando José Garcia, o que para ele e sua equipe, já desqualifica a seriedade do processo. Zé Malão também disse que a denúncia contra ele não possui fundamento e afirmou que irá solicitar peritos para averiguar o caso. Zé Malão também disse que irá lutar até o fim.

    O vereador Zé Malão acusou o PDT de Barbacena de lhe entregar uma lista, no início do ano, com solicitações de cargos, a qual ele teria respondido: “não tenho autonomia para isso. Vai conversar com o Prefeito. Eu não vou dar [cargo]. Porque eu entrei honestamente, vou continuar honestamente, e o dia que eu sair daqui [Câmara], o povo de Barbacena vai falar: ‘esse honrou o meu voto’”.

    O vereador ainda afirmou que o partido local está “sendo covarde com o vereador Zé Malão”, e acusou a presidência do PDT de Barbacena de não o apoiar, além de enviar o processo diretamente para o diretório do partido em Belo Horizonte, antes mesmo de ser avaliado pelo diretório municipal.

    “Foi tudo errado. Foi fundamentado tudo de qualquer maneira”, disse o vereador, que ainda acusou falta de transparência no processo de expulsão que sofreu do partido. “Vou até na lua. Vou até no cavalo de São Jorge. Não vai ser fácil de tomar essa cadeira não”, ressaltou Zé Malão sobre a movimentação que irá realizar para se manter no cargo.

    “Perseguição política dentro do partido! Não aceito, o povo não aceita e isso tem que acabar dentro de Barbacena. Se chama perseguição política”, disse na tribuna, e logo em seguida, encerrou falando que “o que o PDT de Barbacena, sua presidência fez […] com o vereador Orlando foi covardia, perseguição”.

     

    Advogado de Zé Malão fala ao Papo 10

    Ainda na noite de ontem (19/08), o advogado de Zé Malão, Dr. Francisco Neves, concedeu entrevista exclusiva, por telefone, ao programa Papo 10. Na ocasião, o advogado disse que irá levantar novas questões dentro do recurso que apresentará ao PDT.

    Dr. Francisco ainda disse que a denúncia contra Zé Malão não procede, uma vez que o “denunciante não existe”. “Ela [a denúncia] não foi anônima. Tem o nome de uma pessoa, que não se qualifica. O endereço não existe, o CEP da rua é da Praça dos Andradas. […] Esse endereço vai acabar no Colégio Tiradentes.”. Ainda segundo o advogado, todos esses fatos desqualificam a denúncia, acusando que “tudo isso foi montado para tirar o mandado do vereador Zé Malão”.

    Sobre a participação do vereador na manifestação popular acontecida em frente à Epcar, o advogado ressaltou que em momento algum Zé Malão fez apologia ao Golpe de 1964, e que o vereador só teria falado sobre a necessidade de medicamentos para a população.

    A entrevista completa você confere logo abaixo:

     

     

     

     

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