Vereador vai às redes após anteprojeto relacionado a Direitos Humanos ser derrubado na Câmara
Sete vereadores votaram a favor, enquanto os demais se abstiveram. Para que o projeto não caísse era necessário o mínimo de oito votos
Na noite desta terça-feira (15/08), o Vereador Thiago Martins (PV) publicou em suas redes sociais um vídeo falando a respeito do anteprojeto de sua autoria que foi derrubado pela Câmara Municipal na sessão de ontem e tinha por objetivo criar o Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos e também o Fundo Municipal dos Direitos Humanos em Barbacena.
No vídeo o vereador alega que através das implementações seria possível captar verba e destiná-la para grupos de minorias, sendo citado por ele alguns exemplos como mulheres, negros, membros da comunidade LGBTQIAP+, entre outros. Votaram a favor do projeto os vereadores Donizete (PV), Sandro Heleno (DC), Odair Ferreira (PDT), Paulinho do Gás (PTB), Carlinhos Playboy (PTC), Roberto da Farmácia (PL) e José Newton (PSD), enquanto os demais vereadores presentes se abstiveram. Para que o projeto não caísse, era necessário o mínimo de oito votos.
Autor do projeto, Thiago Martins classificou o ocorrido como uma estratégia política já que ele não estava presente na sessão devido a um compromisso externo previamente comunicado e também devido a maneira como a votação ocorreu. “Qualquer vereador poderia ter feito emendas no projeto caso não concordasse com algo nele, pedido destaque ou até mesmo pedido vistas para estudar melhor o projeto de tanta magnitude” explicou, ressaltando que isso não aconteceu, não havendo nem ao menos uma discussão em tribuna.
O outro lado
A Folha de Barbacena (FB) entrou em contato com os vereadores que se abstiveram. O Vereador Glauber Milagres (DC) declarou que o projeto apresentado possuía vícios de iniciativa e que ao estudarem a proposta consideraram inconstitucional. “A gente já tem a Secretaria de Bem-Estar Social que faz esse trabalho, que assiste todas as classes”, destacou o vereador.
Ainda de acordo com o vereador surgiram dúvidas sobre o projeto que não foram esclarecidas e devido às ressalvas e ao fato de que o autor não estava presente para explicá-las, preferiu se abster. “Como a gente não teve nenhuma explicativa lá, nem dos líderes do governo, com relação ao projeto, a gente não teve diálogo, eu fiquei com dúvidas e me abstive”, explicou.
O Vereador Glauber também citou outros projetos de sua autoria nos quais também não conseguiu aprovação, como a implementação de câmeras de monitoramento nas escolas através de uma parceria público-privada e também o convite ao secretariado para prestação de esclarecimento à população a cada três meses. De acordo com o vereador, o último já foi implementado em diversas Prefeituras com nas cidades de Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete, Juiz de Fora, entre outras.
O Vereador Flávio Maluf (PSD) informou que divulgará uma nota oficial em momento oportuno. As assessorias dos demais vereadores, Zé Malão (PDT) e Professor Filipe (PT), não retomaram o nosso contato até o fechamento desta matéria que será atualizada caso haja retorno.