• Vereador Thiago Martins fala sobre caso de professora da rede estadual diagnosticada com COVID em Barbacena

    Para o vereador, comunidade ainda não estava prepara para a retomada das aulas.

    Na última quinta-feira (26/08), a Superintendência Regional de Educação (SRE) de Barbacena confirmou que uma professora, da Escola Estadual de Educação Especial ‘Maria do Rosário’, localizada no bairro Santo Antônio, testou  positivo para COVID-19.  De acordo com o órgão, a profissional apresentou sintomas gripais no dia 19/08 e foi instruída a realizar o teste, que confirmou a doença. A SRE informou, também, que nenhum outro aluno ou profissional da instituição apresentou sintomas da doença.

    Um dos primeiros a comentar sobre o fato, foi o vereador Thiago Martins, do PV, que concedeu entrevista à Folha de Barbacena / Portal BCN neste domingo (29/08).

    Portal BCN: Essa foi a primeira denúncia sobre professores infectados após a retomada das aulas em Barbacena?

    Thiago Martins: Não, houve uma anterior em uma escola particular que o sindicato parece que deu encaminhamento.

    Portal BCN: O tema da retomada das aulas foi amplamente discutido nos últimos meses, com uma parcela dos pais realizando campanhas para a retomada. Na sua opinião, o estado e o município estavam, de fato, preparados para esta retomada?

    Thiago Martins: Não estão preparados de maneira alguma! Se quer a maior parte dos trabalhadores da educação recebeu a segunda dose da vacina. Entendo como uma atitude irresponsável e preocupante que pode custa a vida da comunidade escolar. Em vista da chegada da variante Delta no município, volta às aulas sob esse cenário é um ato pouquíssimo inteligente.

    Portal BCN: Como você vê a ação da Superintendência Regional de Ensino diante do ocorrido na Escola  ‘Maria do Rosário’?

    Thiago Martins: Bom, pouco transparente uma vez que pouca informação, de fato, veio a público. Entendo que por se tratar de segurança epidemiológica, ações como testagem de alunos, professores e funcionários para um monitoramento da situação se fazia essencial no momento de positivação de algum caso. Resultado, não se sabe de fato o tamanho e proporção do problema. Vale a pena lembrar que professores dão aula em outras escolas, alunos podem ser assintomáticos mas podem transmitir a família.

    Portal BCN: As escolas especiais têm uma dinâmica diferente das escolas regulares. Não seria necessário um protocolo mais rígido com estas instituições, uma vez que o contato entre professores e alunos é um tanto quanto maior do que o necessário em outras escolas?

    Thiago Martins: O melhor protocolo nesse momento era aguardar um percentual maior da população ter tomado pelo menos a segunda dose. Protocolos como estão sendo feitos são para um cenário posterior à vacinação e não para esse momento que ainda estamos vivendo. É ilusão pensar que em uma sala de aula com quase quarenta alunos o professor vai conseguir monitorar cada aluno para evitar exposição a contaminação.

    Portal BCN: Como você vê a atuação do Município e Estado quanto à fiscalização sanitária dentro das escolas?

    Thiago Martins: Insuficiente e muitas vezes surreal, como a decisão do Governo do Estado em retorno às aulas.
    A verdade seja dita, temos sorte de disposição de vacinas que é o que está nós livrando desse terror de maneira gradativa , porque controle sanitário não existe na prática.

    Portal BCN: Quais os próximos passos em relação ao caso da Escola Maria do Rosário?

    Thiago Martins: Acionamos o Ministério `Público para averiguar as denúncias e avaliar se houve negligência ou não, e se sim , quem deve ser responsabilizado.

    Encerrando, o vereador alertou, dizendo que “a comunidade tem que entender que ainda estamos diante de uma situação perigosa com o avanço da variante Delta e que não vale a pena expor alguém a risco de morte por imprudência ou por ideologia política do presidente. Estamos perto de um retorno seguro, mas esse retorno passa por um percentual maior de vacinados e pela consciência de cada cidadão de evitar se expor ao risco de contaminação. Mesmo diminuindo o número de mortes diárias, ainda é como se todos os dias no Brasil caísse um avião com 685 pessoas ! É isso é ainda bem preocupante.”.

     

     

     

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