Ultimato
Por Otávio Henrique
Não quero ser opção,
se eu posso ser oportunidade.
Não quero ser monção,
se eu posso ser tempestade.
Não quero ser horário comercial,
se eu posso estar de plantão.
Não me faça de apagão,
se eu posso ser eletricidade.
Não me faça de dança do Tiktok,
enquanto posso ser roda de samba.
Não me faça de corda bamba,
se posso ser ponte.
Não vou ser horizonte,
se eu posso ser tangível.
Não vou ser banal,
se posso ser incrível.
Não vou ser aperitivo,
se eu posso ser banquete.
Não vou ser lembrete,
se eu posso ser saudade.
Não seremos nada,
se não formos agora.
Me afirme e me toque,
me sambe ou me devore…
ou deixe claro