• The Legend of Zelda: Skyward Sword é versão definitiva de um clássico

     

    Por Flávio Maciel

    Pode parecer menos tempo, mas já se passaram 10 anos desde o lançamento de The Legend of Zelda: Skyward Sword para o Nintendo Wii, que também marcava o aniversário de 25 anos da série. O console que na época não vivia seus melhores momentos em vendas se apoiou na amada franquia para recuperar o fôlego até o lançamento de seu sucessor que viria ser um ano depois. A expectativa era alta, pois se tratava de um título feito totalmente para o aparelho com sensores de movimento e que exploraria os comandos de forma mais completa.

    A recepção não foi tão calorosa assim. O público da época se dividiu, uns amaram e outros nem tanto, alegando excesso de linearidade e poucas novidades e repetições. Mas será que o game realmente não é tão bom quanto os capítulos anteriores ou a alta expectativa da época prejudicou a apreciação? 

    Foto: Reprodução / Nintendo.

     

    Em Julho de 2021 pudemos colocar a qualidade do jogo à prova com o relançamento em HD para o mais atual console da Nintendo, o Switch. Sem o fardo de aumentar as vendas do aparelho, já que o pequeno híbrido de portátil com console de mesa está indo muito bem, e sem a responsabilidade de ser um título mais aberto e cheio de exploração, papel que foi cumprido por The Legend of Zelda: Breath of The Wild de 2017, Skyward Sword tem uma segunda chance para brilhar, e o faz com maestria.

    Desde que foi lançada em 1986 para o NES (Nintendinho para os íntimos), a franquia The Legend of Zelda conta diferentes jornadas a cada jogo, passando por diversos períodos de um mesmo reino, Hyrule. Mas até 2011 não se sabia qual a ordem ou qual ligação dos acontecimentos entre games. Com o lançamento de Hyrule Historia, um livro repleto de informações da série, construiu-se uma linha do tempo dos games, que se inicia justamente com Skyward Sword. 

    Nele conhecemos a primeira encarnação da Deusa Hylia, se tornando a primeira Zelda, e consequentemente o primeiro escolhido para protegê-la e lutar ao seu lado, Link, o herói, que em todos os games parte em busca de salvar o reino de Hyrule e auxiliar a Princesa Zelda.

     

    Foto: Reprodução / Nintendo.

     

    Sem aprofundar muito na história para evitar estragar as surpresas que acontecem, Link e os outros humanos vivem em uma ilha flutuante nos céus de Hyrule. Acompanhados dos pássaros gigantes Loftwings, eles vivem em paz e harmonia, até que no dia que o nosso herói se tornaria um Cavaleiro, um tornado puxa Zelda para as nuvens abaixo deles, forçando Link a persegui-la pela superfície tentando localizá-la. Durante o game, o protagonista recebe a ajuda de Fi, um espírito que habita a espada dos céus do título. Ela fornece não apenas o item de ataque, mas também auxilia a jornada com dicas e conselhos. 

    O game possui momentos belíssimos, tanto em roteiro quanto animações e principalmente na trilha sonora, que é composta pela primeira vez por músicas orquestradas. A origem de vários símbolos, nomes e lugares da franquia é mostrada, assim como de outros personagens icônicos, deixando margem para novas teorias sobre eles.

    Com a jogabilidade totalmente focada em controle de movimento, o game é o ápice dos comandos sacudindo os controles. A movimentação precisa da espada e escudo tornam o jogo super divertido e intuitivo de controlar até mesmo para iniciantes. Todos os itens também precisam de movimentos para funciona e, os inimigos requerem golpes precisos na direção correta para levarem dano, quase um quebra cabeça de movimento. Como o novo console pode ser jogado em modo portátil o game recebeu a opção de controles tradicionais por botões, fazendo com que a alavanca da direita substitua os movimentos de espada por exemplo, mas afeta o controle de câmera que ficam mais atrapalhados. Independente da forma escolhida, o jogo oferece uma jogabilidade de qualidade e precisão, sem momentos de frustração. 

    Foto: Reprodução / Nintendo.

     

    Outras melhorias implementadas foram a possibilidade de pular diálogos e a diminuição de personagens que interrompem o jogador constantemente para dar dicas e direcionamentos que muitas vezes, acabaram de ser executados, o que fazia o ritmo do game ser muito mais lento do que deveria. Como o Nintendo Wii chegou aos lares de pessoas que nunca haviam encostado em um videogame antes, os desenvolvedores queriam guiar totalmente o jogador para que ele não se perdesse. Na nova versão, esse suporte é opcional.

    De forma injustiçada, Skyward Sword é considerado por muitos o pior título da série em três dimensões, mas em sua versão em alta definição conseguiu se redimir e finalmente figurar entre os melhores da franquia. Os visuais ainda carregam o estilo que as texturas parecem pinceladas de aquarela. No console antigo, por conta da baixa resolução, alguns detalhes passaram despercebidos por estarem desfocados ou borrados. No Nintendo Switch a arte belíssima pode finalmente brilhar, realçando as cores e principalmente o carisma dos lugares e personagens.

    Foto: Reprodução / Nintendo.

    The Legend of Zelda: Skyward Sword HD é um dos títulos obrigatórios para proprietários de Nintendo Switch. A versão definitiva de um clássico da franquia Zelda e mesmo que não gostou na época de seu lançamento original tem grandes chances de apreciar melhor agora. Caso seja sua primeira aventura por Hyrule, espere um jogo divertido com deliciosos quebra-cabeças e combate, e ao terminar, não perca tempo para buscar as outras jornadas de Link e Zelda.

    Foto: Reprodução / Nintendo.
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