Por Nayara Coelho.

As palavras “livro” e “leitura” estão sempre andando de mãos dadas, mas você sabia que para ser um leitor, você não precisa necessariamente de um livro?

Pode parecer confuso, mas existe uma boa explicação para isso.

Para começar, quando falamos sobre “ler livros”, estamos nos referindo a um hábito. E assim como todos que temos, ou que gostaríamos de ter, ele precisa ser criado com o tempo.

Só que isso não quer dizer que se torna leitor apenas quem tem esse costume, muito pelo contrário.

Para explicar melhor, faço o uso das palavras do patrono da educação, Paulo Freire, que em seu livro “A importância do ato de ler” (1988), afirma o seguinte: ” A leitura do mundo, precede a leitura da palavra”. Ou seja, antes mesmo de aprendermos a decodificar as letras, símbolos, palavras e seus sentidos, nós já fazemos nossa leitura de mundo no contexto em que estivermos inseridos.

Sendo assim precisamos desmistificar o fato de que só é leitor quem lê livros, já que a etimologia da palavra “LEITOR” sugere um significado muito mais amplo do que somente associado ao livro.

Não que isso queira dizer que esse hábito não é importante, de forma alguma, é uma prática que só traz benefícios, como por exemplo: ajuda na concentração, estimula a criatividade, exercita o cérebro, além, é claro, de permitir que você viaje e conheça outros mundos sem sair de casa.