

Setembro Amarelo: EPCAR realiza “Corrida pela Vida” em prol da saúde mental
Atividade física teve o objetivo de chamar atenção para os cuidados com a saúde mental

A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) em Barbacena, realizou uma “Corrida pela Vida” na última terça-feira (16/09), em alusão à campanha de prevenção ao suicídio Setembro Amarelo. A prática física foi promovida pelo Grupo de Saúde de Barbacena (GSAU), convidando os militares da Nascente do Poder Aéreo a refletirem sobre a importância do cuidado com a saúde mental.
A ação contou com uma apresentação do evento pelo Chefe do GSAU-BQ, Tenente-Coronel Médico André Luiz Villalba, acolhimento das equipes de Psicologia e Serviço Social, além de uma dinâmica com balões amarelos. A cor amarela foi escolhida para simbolizar a campanha internacional por representar luz e vida.
Em sua fala, a Tenente Psicóloga Cássia Christina de Assis Almeida, Adjunta da Seção de Psicologia do GSAU-BQ, reforçou os benefícios do equilíbrio emocional, como o desenvolvimento da resiliência e a melhoria dos relacionamentos. “A saúde mental é parte essencial da saúde como um todo, influenciando diretamente a forma como pensamos, sentimos, nos relacionamos e lidamos com os desafios da vida. Estudos mostram que o sofrimento psíquico pode aumentar a vulnerabilidade para diversas doenças físicas. Assim, refletir sobre saúde mental não é apenas evitar transtornos graves, mas valorizar a vida em sua totalidade, promovendo bem-estar, produtividade e relações mais saudáveis”, explicou.
As orientações sobre a saúde mental impactaram os militares, um deles foi o Auxiliar da Seção de Planejamento, Sargento Informática Bruno de Melo Souza. “É uma melhoria da nossa qualidade de vida, e quando o militar está satisfeito em seu ambiente de trabalho, esse reflexo positivo se estende também para sua vida pessoal, fortalecendo as relações com a família e amigos. O resultado é uma vida mais equilibrada, feliz e produtiva”, avaliou.
Integração do efetivo
A Chefe da Seção de Psicologia do GSAU-BQ, Tenente Psicóloga Thaís Júlia Neves do Nascimento, relatou que a ideia da corrida surgiu para conscientizar o efetivo de uma forma criativa. “Ao associar esse tema tão sensível a uma atividade física, nós trazemos benefícios, proporcionando um momento de interação, de união e de cooperação entre os militares”, apontou.
Essa integração foi justamente o ponto positivo destacado pela Chefe da Seção de Protocolo, Tenente Arquivista Jamine Campos Bessa. “As militares da equipe de Psicologia e do Serviço Social falaram de uma maneira acolhedora, demonstrando que somos irmãos de armas e não estamos sozinhos. Por vezes falamos de saúde mental como se fosse algo separado, mas corpo é mente, e mente é corpo. A atividade física ajuda a manter o equilíbrio mental diante dos desafios diários das nossas atividades”, comentou.
Valorização da vida
A campanha Setembro Amarelo foi instituída no Brasil, oficialmente, em 2014, mas é uma homenagem à história de Mike Emme, adolescente de 17 anos que foi vítima de suicídio em 1994. Os pais de Mike não conseguiram evitar a tragédia, mas iniciaram um movimento de prevenção ao suicídio após distribuírem, no funeral dele, fitas amarelas. O amarelo foi escolhido em referência à cor de um Mustang que o jovem havia restaurado, passando a simbolizar esperança. Desde então, o Setembro Amarelo tornou-se um movimento internacional que busca reduzir os estigmas em torno do sofrimento psíquico.
Para a Tenente Psicóloga Cássia Assis, cada militar pode ser um agente de valorização da vida ao construir um ambiente de proteção mútua. “No ambiente militar, marcado por disciplina, hierarquia e forte espírito de corpo, a campanha do Setembro Amarelo pode ser um convite para ampliar os laços de cuidado e solidariedade. Os militares podem ajudar de diferentes formas, seja observando os sinais, as mudanças de humor ou isolamento dos seus colegas, seja praticando a escuta ativa, ouvindo com empatia e sem julgamentos”, concluiu.


