RF investiga desvio de recursos públicos em obras rodoviárias no norte de Minas
A atual fase, “Rei do Norte”, consiste no cumprimento de mandados de busca e apreensão
A Receita Federal (RF), a Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) deflagram, nesta quarta-feira (11/08), a 7ª fase da Operação Rota BR-090: “Rei do Norte”, com o objetivo de apurar a ocorrência de crimes relacionados à execução de obras rodoviárias na região norte do Estado e eventual prejuízo ao erário e à população.
A investigação já identificou indícios de fraude ao caráter competitivo de processo licitatório, recebimento de vantagens indevidas, superfaturamento em obras públicas e execução de serviços de baixa qualidade. As licitações que resultaram nestas contratações ocorreram entre os anos de 2013 e 2018 e perfazem um total de R$ 670 milhões.
A RF produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos envolvidos, bem como, a propriedade de bens móveis e imóveis registrados em nome dos investigados e de interpostas pessoas, “laranjas” ou “testas de ferro”.
A atual fase, “Rei do Norte”, consiste no cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão, bloqueio de ativos da ordem de R$ 32 milhões, afastamento de um servidor público e a suspensão de pagamento de dois contratos, expedidos pela 35ª Vara Federal Criminal de Minas Gerais.
O trabalho conta com a participação de 98 policiais federais, 7 auditores e 2 analistas da Receita Federal do Brasil e 10 auditores da CGU, nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Montes Claros, Sete Lagoas, Muzambinho, Cuiabá (MT) e Sorriso (MT). Os investigados poderão responder por crimes relacionados a lei de licitações, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Com informações da Assessoria de Comunicação Institucional da Receita Federal do Brasil.