Receita Federal participa de investigação contra “esquema” de licitação fraudulenta
Através da análise do material apreendido por ocasião da Operação Mineração de Ouro, bem como dos dados obtidos no bojo da investigação com as quebras de sigilos bancários, fiscais e telemáticos, foi possível apurar que, para dissimular a destinação dos recursos debitados nas contas da empresa contratada, foram criados diversos mecanismos de blindagem patrimonial, antes de serem creditados em contas do destinatário final. Os valores foram creditados em contas de outras pessoas jurídicas, porém, sem quaisquer contrapartidas fiscais que pudessem justificar tais depósitos. A ocultação do destinatário desses valores foi facilitada pela realização de saques em espécie sem a rastreabilidade dos favorecidos, dificultando a identificação do caminho do dinheiro. Para tanto, substanciais valores em cheques foram sacados irregularmente do caixa, em desacordo com os procedimentos operacionais do próprio Banco.
A ação ocorreu nas cidades de Campo Grande (MS), Brasília (DF), Miracema (RJ), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS). Foram expedidos 28 mandados de Busca e Apreensão, 5 afastamentos do exercício de servidores públicos de suas funções públicas e 5 monitoramentos eletrônicos, com uso de tornozeleiras eletrônicas. Participam da operação 39 Auditores-Fiscais e Analistas-Tributários, 114 Policiais Federal e 7 servidores da CGU. As medidas visam apurar a possível ocorrência de favorecimento de terceiros por servidores públicos, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e contratação de funcionários “fantasmas”.
O nome da operação faz alusão à forma adotada para o desvio de recursos públicos através da contratação fraudulenta de empresas para prestação de serviços a uma instituição pública do MS.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da Receita Federal