• Pesquisador da UFSJ publica em portfólio da Nature

    Artigo em co-autoria trata de infância e criminalidade

    Fatores de risco modificáveis, individuais e de família na infância para a condenação criminal: um estudo de coorte de 7 anos no Brasil é o título do artigo publicado pelas Scientific Reports, periódico mantido pelo portfólio da Nature, uma das maiores revistas do mundo na área de Ciências Naturais e Biomédicas. O estudo tem co-autoria do professor do Departamento de Psicologia (Dpsic), Mário Cesar Resende Andrade.

    Segundo ele, o artigo faz parte de um projeto maior desenvolvido por pesquisadores das federais de São Paulo (Unifesp), Rio Grande do Sul (UFRGS), Santa Maria (UFSM), Universidade de São Paulo (USP) e da London School of Economics and Political Sciences, da Inglaterra. “Muitos desses pesquisadores estão envolvidos e fazem parte do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Crianças e Adolescentes. Assim, esse estudo específico faz parte de um projeto maior, que foi o desenvolvimento de uma coorte, tipo de estudo em que você acompanha as pessoas da comunidade por um longo tempo, para ver os fatores de risco que podem estar associados à eclosão ou ao desenvolvimento de doenças. No nosso caso, transtornos psiquiátricos na infância e na adolescência”, explica.

    Fatores de risco

    O objetivo principal do estudo foi verificar os fatores de risco da infância, individuais e familiares, associados à condenação criminal na juventude. Foram acompanhadas crianças durante sete anos, avaliadas em mais de um momento: ao todo, 1.905 crianças e adolescentes, nas cidades de São Paulo e Porto Alegre.

    Entre os fatores de risco, foram estudadas a pobreza na infância, problemas em torno do nascimento, a ausência dos pais e a ocorrência de bullying. “O resultado mostrou que, desses fatores, a pobreza na infância é o mais associado à criminalidade”, diz o pesquisador da UFSJ.

    Para Mário Cesar, num país desigual como o Brasil, esse estudo pode formatar e embasar a necessidade de políticas sociais e públicas para a erradicação da probreza na infância.

    O artigo pode ser lido no link https://www.nature.com/articles/s41598-022-13975-8.pdf.

    Fonte: UFSJ.

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