• O fim conturbado de Eduardo Coudet no Galo

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    Todos nós sabemos que o mundo do futebol é constantemente marcado por seus altos e baixos, e o relacionamento entre um treinador e a diretoria nem sempre é um mar de rosas. No caso do Atlético, um dos clubes mais tradicionais do Brasil, o término da relação entre Eduardo Coudet, ex-técnico da equipe, e a diretoria foi repleto de polêmicas e discussões. Neste artigo, rico processo de obtenção de conhecimento, irei analisar como essa “treta” se desenrolou e responder a pergunta que não quer calar: quem está errado nesta história: Eduardo Coudet ou a diretoria?

    “El Chacho” chegou a Belo Horizonte com expectativas elevadas por parte da torcida. O argentino, amplamente conhecido por seu estilo de jogo ofensivo, bem como pela busca incessante por vitórias, conquistou o coração da Massa Atleticana com seu discurso cativante e seus convincentes triunfos comandando a equipe mineira. No entanto, conforme o tempo foi passando, surgiram desentendimentos entre Coudet e a diretoria do clube, o que acabou por deteriorar a relação entre as partes.

    Um dos principais pontos de atrito foi a discordância em relação à política de contratações do Galo. Eduardo Coudet tinha um planejamento muito bem arquitetado de como desejava montar o elenco e quais reforços eram necessários para o fortalecimento da equipe. Todavia, a diretoria não foi capaz de atender às suas necessidades, gerando um sentimento de completa frustração por parte do técnico.

    A relação problemática entre Coudet e a diretoria do Atlético veio a público em inúmeras ocasiões. O comandante argentino não teve medo de expressar suas opiniões de maneira franca e direta, principalmente nas entrevistas coletivas. Suas críticas à total falta de investimento e ao descumprimento de acordos firmados culminaram num colossal desconforto e desgaste no relacionamento com seus superiores.

    O desfecho dessa “treta” não podia ser outro: no último sábado (10), após o empate diante do Red Bull Bragantino, Eduardo Coudet se despediu dos jogadores do Galo e afirmou que não voltará a liderar a equipe alvinegra. Além disso, demonstrou um profundo descontentamento com o plantel que tinha à disposição.

    Apesar de sua passagem curta, o argentino deixou a sua marca no Atlético. Em 35 partidas disputadas, foram 21 vitórias, 8 empates e 6 derrotas, ou seja, um aproveitamento de 67,6%.

    Agora, é chegado o momento de responder a pergunta complexa, mas com uma resposta extremamente simples: quem é o errado nisso tudo: Coudet ou a diretoria?

    A verdade é que os dois lados da moeda estão equivocados! O técnico Eduardo Coudet faltou com a ética ao mostrar insatisfação publicamente sobre a política de contratações, bem como a gestão do clube mineiro. Por outro lado, a diretoria falta com a verdade ao prometer os reforços desejados por Coudet e, no final, não cumprir a tal promessa.

    Após tudo que foi mencionado, para fechar com chave de ouro, é possível afirmar que entre reclamações e promessas não cumpridas, o episódio expõe publicamente as fragilidades da gestão interna do clube mineiro e a total falta de alinhamento entre as partes envolvidas.

    OBS: A minha opinião não necessariamente representa a opinião da “Folha de Barbacena”.

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