Nossas crenças nos levam ao Sucesso ou Fracasso: qual caminho quer seguir?
Em processos de desenvolvimento humano, as crenças representam uma estrutura importante do nosso comportamento
Por Marcelo Miranda
Você sabe o que são crenças? Em processos de desenvolvimento humano, as crenças representam uma estrutura importante do nosso comportamento. Elas são princípios que nos orientam pela vida. Por meio das nossas crenças evoluímos, avançamos, desejamos chegar a algum objetivo ou propósito. Por outro lado, nossas crenças também podem nos limitar nos fazer parar, hesitar, desistir ou retroceder.
A crença é aquilo no que eu acredito, sendo que nossas crenças são generalizações construídas com base na nossa vivência em família, em sociedade. Acreditamos ou desacreditamos do que aprendemos ou vivenciamos ao longo da vida. Ou seja, o significado que damos às nossas experiências está diretamente ligado às nossas crenças.
Entendemos que as crenças são pressuposições e, por isso, não são verdades absolutas ou imutáveis. Podemos transformá-las, substituí-las, ressignificá-las, ou seja, deixar de acreditar no que nos limita para acreditar no que vai nos impulsionar na direção ao que desejamos, seja no campo pessoal quanto no profissional.
Quando nascemos, somos folhas em branco. Os sentimentos dos pais durante a gestação, as experiências de vida, a educação recebida, o sistema familiar, as ideias transmitidas pelos pais e professores, as interpretações individuais e a convivência com os amigos vão preenchendo essa folha com crenças.
Todos os estímulos recebidos na primeira infância ficam registrados nessa folha, que se torna uma lente com a qual enxergamos o mundo. Por isso, quando queremos ver oportunidades no mundo, primeiro devemos atualizar as nossas crenças.
As nossas crenças podem ser do tipo: hereditárias; sociais; e pessoais. Cada uma tem relação direta com o nosso histórico de vida, traçando aquilo de acreditamos e deixamos de acreditar.
As crenças hereditárias são representadas por tudo aquilo que o indivíduo ouve dos pais e observa em seu sistema familiar. Frases como “você não faz nada direito”, “você deixa tudo pela metade”, “você nunca vai conseguir ninguém”, “tem que seguir o exemplo do seu irmão” e “você é burro” ficam registradas para toda a vida. O mesmo vale para a vivência de situações que envolvem traição, brigas por dinheiro, excesso ou ausência de regras, relação com a comida e injustiças.
Já as crenças sociais são aquelas impostas pela mídia ou pela sociedade. Alguns exemplos comuns são: “o mundo é perigoso”, “os ricos são mais felizes” e “você só será aceito se for magro”.
Por fim, as crenças pessoais são criadas a partir da nossa experiência individual. Elas têm origem hereditária, mas se tornam “verdades” pelas experiências. Se você foi mandado embora ou não passou no vestibular, pode desenvolver a crença de que não é capaz. Se terminaram o namoro com você, pode acreditar que ninguém vai gostar de você.
Estas frases são exemplos claros de crenças limitantes: “Nunca vou conseguir dinheiro suficiente” ou “não tenho dinheiro para nada”; “Só é possível ganhar dinheiro fazendo coisas erradas”; “Não tenho tempo para nada”; “Não sou bom o suficiente”; “Não sei tudo o que preciso”; “Não consigo aprender isso”; “Nunca vou conseguir alcançar meus objetivos ou realizar meus sonhos”; “Tudo precisa ser perfeito”; “Não consigo me organizar”; “Eu não mereço sucesso ou coisas boas”; “Não sei como resolver esse problema”; “Eu não posso / não consigo / não sei fazer isso”; “Sou muito velho para isso”; “É melhor dar do que receber”; e “Sem trabalho duro não se consegue nada”.
Já as crenças possibilitadoras são as que nos motivam para uma vida de realização de metas, o olhar de uma maneira promissora para os desafios que o mundo nos oferece e saber que, em uma sociedade que se modifica muito rápido, é necessário que atualizemos as nossas crenças, os nossos comportamentos e os nossos valores.
As crenças possibilitadoras podem levar as pessoas a acreditarem na possibilidade das coisas acontecerem, a partir de uma ação como ponto de início de um processo.
Podemos dizer que as crenças possibilitadoras são o grande motor para a ação, pois uma pessoa que acredita que algo pode acontecer, já começou a realizar esse algo.
Cristóvão Colombo ao sair da Europa, em 1492, em sua embarcação, acreditava que era possível buscar o além-mar. Essa crença possibilitou a descoberta da América.
Já Albert Einstein acreditava na relatividade, mesmo antes de ter encontrado as chaves para que ela fosse transformada na Teoria da Relatividade. Isso foi a fonte possibilitadora para o desenvolvimento de seu trabalho.
A grande maioria das pessoas que fizeram algo grandioso, em algum momento da história, teve uma crença possibilitadora que os impulsionou. A crença possibilitadora, além de elevar a autoestima, também alimenta o espírito inovador dessas pessoas, como Colombo e Einstein, que sabiam que estavam aqui para fazer algo importante.
As crenças possibilitadoras podem ser criadas, ser desenvolvidas, primeiramente por nossa linguagem, por nossa postura corporal e, principalmente, por nosso comportamento para transformar a crença possibilitadora em realidade. Por isso, seguem alguns exemplos de crenças possibilitadoras: “Eu enxergo oportunidades escondidas em todos os lugares”; “Eu posso ver luz onde só há sombras”; “Recebo inspirações que são capazes de mudar qualquer situação”; “Eu atraio o melhor das pessoas”; “Eu só atraio gente boa”; “Eu sinto amparo em qualquer lugar que eu esteja”; “Eu mereço o que há de melhor no mundo”; “Eu quero, portanto eu faço”; e assim por diante.
Mas, quem tem crenças limitantes, não precisa ficar desesperado, pois essas crenças podem ser transformadas. Uma crença limitante pode sim ser transformada em uma crença possibilitadora. E como fazer isso? Em um processo de coaching, que tem comprovado ser muito eficaz na transformação de pessoas e, é justamente a transformação de crenças, um dos passos mais importantes desse trabalho desenvolvido.
Sobre Marcelo Miranda
Marcelo Mauricio Miranda – treinador, terapeuta em PNL, palestrante, hipnólogo e professor – é comunicólogo, especialista em Administração, Marketing e Gestão Pública, Mestre em Educação e Sociedade, Trainer, Practitioner e Máster Practitioner em Programação Neurolinguística (PNL) pela International Association of NLP Institutes (IN) e Coach Integrativo Sistêmico pela Academia Internacional de Coaching Integrativo Sistêmico (AICIS) e International Association of Coaching Institutes (ICI).
Hipnose, Coaching e PNL
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