Make a prova de close errado
Já pensaram em como seria se alguma marca lançasse uma linha de maquiagem a prova de close errado?
Por Sara Ribeiro
Para as pessoas desprovidas de uma coisa chamada condição financeira e também de uma virtude que atende pelo nome talento para a maquiagem, eu sugiro que alguma marca lance uma linha de maquiagem a prova não apenas de água ou de suor, mas de close errado.
Sabe aqueles dias que mesmo com uma fita adesiva colada na cara e super demarcada, o delineado gatinho ainda borra e você precisa refazer cerca de 200 vezes até sair menos torto e desigual possível?
Pois é. Esse é o dia que não importa o quanto você está bem vestida e com aqueles sapatos vermelhos lindos que você comprou a prestação de sei lá quantas vezes, se errar o gatinho já sabemos que é presságio de agouro, prenúncio do medo, a volta de Jesus e o maldito deu ruim, um sinal dos céus para você não sair de casa.
Eu tinha meus 26/27 anos de idade na época e somente naquela idade fui me interessar por maquiagem (eu sou extremamente vaidosa, porém nunca gostei de sobrecarregar a pele além de batom e rímel, o que mudou drasticamente com a vinda dos tutorias na internet) e por maneiras de se auto maquiar pois é o que temos para hoje.
Eu não tenho dinheiro para investir em um lápis de R$300, o máximo que eu pago é R$2,99 e já achando um absurdo. Mas vamos ao ponto X da questão: o famoso close errado.
Eu tinha certeza que montar no salto e gritar que abafei, foi o arraso, absolutamente TUDO, só que deu ruim total!
Naquele dia saí para um encontro. Fiz um delineado gatinho que precisei corrigir no mínimo 4 vezes e no fim eu disse azar essa m**, vou borrada mesmo.
Início de encontro, tudo indo bem até que sinto meu olho lacrimejar e escorrer: junto com todo delineado que eu havia levado horas para fazer, mas, como sabemos que não podemos descer do salto, fui ao banheiro e limpei o olho: voltei parecendo um panda pra mesa do restaurante (chiquérrimo e caríssimo em Barbacena), pois não tinha espelho no banheiro, e eu me achando a dona da p** toda.
O cara começou a me olhar estranho é daí tudo desandou: acabou o papo, acabou o clima, acabou o encanto e acabou o encontro (pelo menos a conta ele pagou, muito a contragosto creio eu, pois ele gostaria de ter saído com uma rainha do amor e não com a rainha da selva).
Meu olho estava que não se aguentava de ardência e quando eu percebi que já não iria render em nada essa noite, meti a mão e cocei com louvor os olhos, esparramando rímel na minha cara toda e também dentro do olho onde comecei a abanar com a mão pra ventilar no desespero de milagrosamente tudo voltar ao normal.
O que aconteceu após esse show de horrores foi o banho que eu dei no rapaz de vinho quando gesticulei para falar alguma coisa (e eu achando que nada poderia ser pior que o projeto de panda), adeus dignidade.
Só me restou ir para casa e lamentar o close mais do que errado que eu dei nesse dia, mas pensemos pelo lado bom: não foi culpa exclusivamente da make, descobri que tinha um pelinho de algodão no meu olho.
Ufa! Não precisei trocar a marca da maquiagem, já o crush…