Entenda a importância da lei que proíbe fogos de artifício em Barbacena
A Lei Nº 5.138 foi sancionada no dia 13 de janeiro deste ano
No dia 13 de janeiro de 2022, foi sancionada a Lei Nº 5.138, que proíbe a soltura e queima de fogos de artifício de estampido ou quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso em Barbacena. A aprovação desta lei foi uma grande vitória para toda a população, principalmente para os autistas, idosos e animais, que possuem uma audição mais sensível.
Em relação aos fogos sem estampido, não houve nenhuma proibição e eles podem ser soltos normalmente.
Terezinha Luiza da Silva Fortes, mãe de uma criança autista e integrante do movimento contra os fogos de artifício, explicou que, desde janeiro, houve uma diminuição de 50% nas solturas de fogos, o que já traz um grande alívio, pois muitas vezes seu filho já passou por crises por não suportar os barulhos causados pelos artefatos. Apesar da diminuição considerável, Terezinha e seus colegas de movimento continuam lutando para uma maior conscientização das pessoas em relação aos perigos e traumas que podem ser causados pelos fogos e seus estampidos.
A torcida “Esquadrão Atleticano”, torcida organizada do Atlético Mineiro em Barbacena, a Liga de Desporto de Barbacena e a torcida organizada do Cruzeiro (Máfia Azul) receberam o grupo de pessoas que lutam pela não soltura de fogos de artifício e, de acordo com Terezinha, foram muito compreensivos e apoiaram a causa. Ter o apoio das torcidas esportivas é algo muito significativo, afinal, grande parte das solturas de fogos é realizada em finais de campeonato ou momentos decisivos para os times.
Além dessas torcidas, o grupo está buscando contato também com a torcida organizada do Flamengo, outro time com um grande número de pessoas em Barbacena.
Outra questão muito importante são os eventos que ainda acontecerão este ano, como: eleições presidenciais, feriado de Nossa Senhora Aparecida e Copa do Mundo. Nessas datas, muitas pessoas costumam soltar foguetes em forma de comemoração, mas esquecem que, para muitos, é motivo de sofrimento.
“A população precisa urgentemente ser conscientizada desta lei e saber das consequências traumáticas que essa prática causa para todos esses seres. O desespero das mães em casa com seus filhos em crise, os doentes com Alzheimer, os animais, os acamados, as pessoas em hospitais”, relatou Terezinha.
Além disso, ela diz que o poder público precisa colocar em prática a lei que já está sancionada. “A função não é só votar, aprovar e sancionar, existe todo um trabalho que tem que ser realizado junto”, finaliza a integrante do movimento contra os fogos.