• Em greve, professores da UEMG participam de sessão na Câmara Municipal de Barbacena

    Os professores da universidade estão de greve após o corte de mais de R$100 milhões do orçamento

    Na última quinta-feira (09/05), os professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) estiveram presentes na sessão da Câmara Municipal de Barbacena, acompanhados pelos representantes do Sindicado Único dos Trabalhadores (SINDIUTE) apoiando a greve dos profissionais.

    Entre as pautas levantadas por eles está a recomposição salarial, uma vez que os professores acumulam uma perda inflacionária na ordem de 70%; cumprimento do acordo de greve firmado entre o Governo e o Sindicato em 2016 homologado e não cumprido pelo Governo do Estado; bem como a concessão de dedicação exclusiva. Também é apontado por eles a possibilidade de conversão dos cargos de 20 para 40h; sendo solicitado mais concursos públicos; e o fortalecimento das políticas estudantis como restaurante universitário, alojamentos estudantis, entre outras ações.

    De acordo com os professores Jairo e Luciano, que estão à frente da greve local, a universidade teve um corte significativo este ano. “Apenas para o ano de 2024, a UEMG sofreu um corte de mais de R$100 milhões do seu orçamento, corte que impacta diretamente na oferta de bolsas de pesquisas, extensão, contratação de técnicos, além da remuneração dos docentes dessa universidade. Somado a isso, os salários pagos a professores são o segundo pior do Brasil. Alguns dos professores contratados para cargos de 20h ganham menos de um salário mínimo e se não bastasse isso, as professoras que tiram licença maternidade ou os professores que adoecem, perdem importantes gratificações salariais que também não são incorporados para fins de aposentadoria. Assim, diante da desvalorização profissional e desmonte da UEMG, os professores permanecem em greve até que o atual Governo Estadual aceite negociar as pautas de greve da categoria”, declararam os organizadores.

    Os professores afirmaram que as causas estão sendo negadas pelo Governo de Minas Gerais. “A maioria das pautas dos professores tem sido recusadas pelo atual Governo Estadual com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impediria o Estado de assumir novos gastos, contudo, o próprio governo aumentou em maio seu salário e de seus secretários em 300% colocando em xeque a coerência do governo, além disso, como fica a responsabilidade social e educacional com os professores?”, finalizaram.

    A UEMG é a terceira maior universidade do Estado de Minas Gerais, com cerca de 21 mil alunos, sendo em sua maioria oriundos de escolas públicas e 1,7 mil professores. A instituição conta com 22 campis em Minas Gerais, oferecendo ensino gratuito para estudantes de todo o Estado. Em Barbacena é oferecido ensino, pesquisa e extensão, visando uma formação pautada em pesquisas científicas.

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