• “Dois Pontos”: cantora barbacenense Giovana Martins lança seu primeiro EP

    "Dois Pontos" está disponível nas principais plataformas, trazendo cinco músicas compostas pela artista

    Nesta sexta-feira (27/07), a cantora barbacenense Giovana Martins lançou o seu primeiro EP intitulado “Dois Pontos”. Composto por cinco músicas gravadas entre os anos de 2021 e 2023 no estúdio da Bituca: Universidade de Música Popular, a artista começou a planejá-lo no início da pandemia quando aquela que seria a futura produtora do seu mais novo trabalho, Betania Discacciati, sugeriu que ela escolhesse algumas faixas para a criação.

    “Facilmente a ideia virou um sonho, que agora está realizado”, contou Giovana em uma entrevista à Folha de Barbacena. As canções que compõe o EP contam uma história, sendo todas elas compostas pela artista, tanto música quanto melodia. “Entre os nomes que estão por trás do EP e que são muito importantes estão Be Discacciati e Pitágoras Silveira. A Be fez o trabalho como Produtora Executiva e Produtora Musical ao lado do Pitágoras que também fez os arranjos, gravou, mixou e masterizou as faixas. Eles foram a peça chave pro EP existir”, contou ela.

    “Dois Pontos” também teve a participação de Gladston Vieira na bateria, Pitágoras Silveira no piano, Ciro Bellucci no violão, Ivan Corrêa no baixo, Maria Clara Valle nos celos e Serginho Silva na percussão. Na faixa Março, Bill Davison esteve presente com a flauta, havendo também a participação de Be Discacciati, ela que cantou juntamente com Bruna Odas em duas das faixas. A artista conta que ficou maravilhada com o trabalho dos músicos. “Eu saía a cada dia do estúdio mais encantada com a música e com as pessoas que as executavam”, declarou.

    O primeiro EP de Giovana Martins está disponível nas principais plataformas. Para acompanhar a artista basta seguir a página @xofanamartins no Instagram.

    Faixas

    Em Pra te atrasar, música que abre o EP, a cantora traz um pedido de volta, descrito por ela como extremamente exagerado, melancólico e quase cômico, mostrando a dificuldade ao lidar com a saudade de alguém que se gosta muito. “No refrão da música eu falo que independente se a pessoa volte ou não, isso vai gerar uma canção e isso eu considero um poder do mundo da música e da arte de escrever. Você consegue transformar qualquer coisa em uma música. Um pedido tão simples, para a pessoa voltar, se transformou nessa que é uma das minhas favoritas”, explicou ela.

    Trazendo uma curiosidade sobre a faixa, Giovana conta que ela não foi escrita para alguém que foi e não voltou, mas sim para uma pessoa que simplesmente foi fazer algo demorado, interrompendo uma ótima conversa. “Por isso que é exagerado”, afirmou, falando sobre a sua parte favorita na canção, “ela entra em quem escuta e a pessoa consegue ressignificar da maneira que encaixa na vida dela, então essa música pode ser tanto um pedido de volta para alguém que foi e sabe que vai voltar ou alguém que a gente está com dúvida se realmente vai vir para ficar de novo”.

    Para a próxima música, Enfim Ver o Sol, ela fala sobre o calor das pessoas na hora de ir para casa e o alívio que toma conta especialmente na sexta-feira. “É quando a gente vê os prédios esvaziando, as pessoas indo pra casa e o Pontilhão totalmente cheio de carros e cheio de luzes, as luzes se acendendo, os faróis sendo ligados e as pessoas com aquele sentimento de que acabou mais um dia”, expressou ela, complementando que essa “é uma música que fala majoritariamente sobre esse sentimento de alívio, de poder ir pra casa, mesmo que casa não seja necessariamente o lugar onde a gente mora”.

    Seguindo na ideia de uma música da dupla Henrique & Juliano, ela traz fechando o EP a tríade, com Março, Fevereiro e Janeiro, representando uma regressão. “Março é a música mais feliz do EP, a mais alto astral, no auge da paixão, com as borboletas na barriga” expôs, continuando “Fevereiro já começa a esfriar e ficar cheia de dúvidas… está naquele intermédio entre alegria total e paixão absoluta e dúvida extrema. Ela é mais instrumental do que cantada e eu acho que isso representa aquele momento do silêncio que não é constrangedor, mas aquele silêncio que dá pra te escutar”.

    Encerrando “Dois Pontos”, tem a faixa Janeiro, trazendo a dúvida cruel sobre o término. “É até curioso ela ser a última música do EP, porque ela encerra com a frase que é ‘quem é que escreve pra você, quem é que escreve com você?’ e fica essa dúvida em aberto, sem respostas. É um sentimento que me veio nesses três meses que eu conto uma parte dessa história e aí talvez essa pergunta fique para um próximo EP, álbum ou próxima música”, finalizou a artista.

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