Você conhece a história da coxinha? O salgado mais tradicional brasileiro tem sua história contada no livro “Histórias e receitas” de Nadir Cavazin. De acordo com a narrativa, um dos filhos da Princesa Isabel e do Conde D’Eu estaria vivendo na Fazenda do Morro Azul, longe da corte por ser considerado deficiente mental.

Conforme relatos, a criança exigia intensos cuidados na alimentação e, de acordo com os antigos moradores, quando decidia não comer nada o convencia do contrário. Porém, havia um alimento que era o seu predileto, sendo este as coxas de galinha. O peito, as asas e os demais pedaços eram por ele rejeitados e servidos a outras pessoas.

Conforme narrado no livro, em uma noite, devido ao número insuficiente de frangos “no ponto” e prevendo que novamente o menino não comeria, a cozinheira da fazenda decidiu transformar uma galinha inteira em “coxas”. Preparando a receita a seu modo, o príncipe gostou tanto que as “coxinhas de galinha” passaram a fazer parte da sua refeição.

Em uma visita ao neto, a Imperatriz Tereza Cristina provou a iguaria e gostou tanto que solicitou que a receita fosse fornecida ao mestre da cozinha imperial, de forma que o prato passou a fazer parte da alimentação da nobreza.

Confira o modo de preparo da tradicional coxinha imperial:

Ingredientes

Massa

270g de farinha de mandioca crua

1kg de batatas cozidas

Sal e pimenta a gosto

Recheio

600g de frango cozido e desfiado

1 cebola picada

3 dentes de alho picados

1 colher (chá) de açafrão da terra

Salsa e cebolinha a gosto

Sal e pimenta a gosto

6 ossinhos de coxinha da asa

Preparo

Misture a batata com a farinha de mandioca aos poucos, some o sal e a pimenta a gosto e sove até dar liga. Reserve. Refogue o frango com os temperos e reserve.

Montagem

Forme 12 bolinhas de massa. Na palma da mão, abra um disco. Coloque um pouco do recheio e feche formando a coxinha. Espete o ossinho e dê acabamento. Empane as coxinhas com água e farinha de mandioca. Frite em óleo bem quente e sirva.