Caso de febre oropouche é confirmado em Congonhas
De acordo com a SES-MG, o laboratório já identificou 72 amostras que testaram positivo
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), identificou 72 amostras que testaram positivo para a febre oropouche, num total de 427 amostras de casos suspeitos de arboviroses, que apresentaram resultados não detectáveis para dengue, zika e chikungunya, sendo:
1 caso em Congonhas – URS Barbacena
1 caso em Gonzaga – URS Governador Valadares
2 casos em Ipatinga – URS Coronel Fabriciano
26 casos em Coronel Fabriciano – URS Coronel Fabriciano
30 casos em Joanésia – URS Coronel Fabriciano
1 caso em Mariléia – URS Coronel Fabriciano
11 casos em Timóteo – URS Coronel Fabriciano
Outros três casos foram identificados na URS de Belo Horizonte, mas são importados de Santa Catarina, e já notificados ao estado.
As amostras foram coletadas entre os meses de março e abril de 2024 e analisadas em maio.
Como uma estratégia de vigilância ativa, o vírus da oropouche foi pesquisado em amostras coletadas em municípios de 14 das 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do estado: Barbacena, Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Governador Valadares, Januária, Manhuaçu, Montes Claros, Passos, Patos de Minas, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Uberaba e Uberlândia. No entanto, até o momento, os casos confirmados concentram-se em sua grande maioria na região do Vale do Aço.
A doença
A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
Em coletiva de imprensa, o secretário estadual de saúde, Fábio Baccheretti, informou que a boa notícia é que, aparentemente, essa é uma doença menos letal. “A febre oropouche não é transmitida pelo Aedes aegypti e os sintomas são muito parecidos com a dengue e chikungunya. Não foi notificada nenhuma morte no Brasil e nem internação por casos graves”, informou.
De acordo com os registros do Ministério da Saúde, a febre oropouche (FO) foi detectada no Brasil pela primeira vez em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça e, desde então, casos humanos foram detectados, principalmente nos estados da região norte do país. As larvas do mosquito se desenvolvem em locais úmidos, como as florestas tropicais, margens de rios, solos úmidos, buracos em árvores, matéria orgânica e lixo.
A SES-MG esclarece que está acompanhando a evolução dos casos e conduz a devida investigação epidemiológica no estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas).