• Carlos Du fala sobre Previdência, SAMU e fomento de turismo em entrevista à rádio 98 News

    Dentre os principais assuntos abordados, foi discutida a questão previdenciária

    O prefeito Carlos Du (PSD), esteve na última quinta-feira (12), na rádio 98News, da rede 98 de Belo Horizonte, em entrevista ao programa Start 98 News. Dentre os principais assuntos abordados, foi discutida a questão previdenciária. “Talvez esse é o maior problema que nós enfrentamos no município de Barbacena hoje. Barbacena tem um dos piores regimes de previdência própria do Brasil. Nós temos um déficit hoje de algo em torno de 1.3 bilhões de reais e a prefeitura com orçamento esse ano estimado de 712 a 715 milhões de reais, então dá para vocês entenderem o rombo gigantesco”, detalhou Carlos Du.  

    O problema, segundo ele, remonta aos anos 1990, quando gestões anteriores utilizaram recursos do fundo previdenciário, com aval da Câmara, para pagar salários atrasados. “Virou uma bola de neve gigantesca. Consome hoje R$ 76 milhões por ano a minha previdência, só de aporte que eu tenho que fazer complementar, para conseguir fechar a folha. Então é um gigante problema”, declarou.

    Ainda sobre a previdência, Carlos Du afirmou que é necessário enfrentar a situação com austeridade e planeja algumas ações, como direcionar receitas de serviços novos do município, algumas concessões que serão feitas, para vincular essas receitas a previdência. “Estamos fazendo o levantamento de todas as áreas do Estado, da União, áreas que estão sem utilização no município para poder capitalizar o nosso fundo. Uma das propostas é passar para o fundo parte dos nossos bens imóveis, que nós temos no município para conseguir de alguma forma equalizar essa conta”, destacou o prefeito, que ainda afirmou a necessidade do apoio do Governo Federal e Estadual e a necessidade de um, diálogo para trazer algumas ações.  

    SAMU

    Outro tema abordado pelo prefeito, foi em relação ao SAMU, em que o chefe do executivo municipal também é presidente do consorcio que gere o serviço na macrorregião centro-sul de Minas Gerais. O prefeito definiu a situação como calamitosa. Na entrevista o prefeito cobrou que a União faça os devidos reajustes necessários e afirmou que há um déficit estimado em R$ 54 milhões. A principal causa, segundo ele, é o descumprimento da União com os repasses financeiros prometidos, que deveriam cobrir 50% dos custos operacionais, mas que, de acordo com Carlos Du, em nenhum consórcio do Estado, chega a 43%. “Há consórcios em que ela chega a 0% de repasse, alguns 16%, 42%, 24%, 32%, então tá muito aquém”, completou o prefeito, que afirmou que com isso, o rateio entre os municípios fica cada vez maior.  

    Ainda sobre o SAMU, Carlos Du afirmou que a situação afeta diretamente os salários dos condutores socorristas e médicos, tidos como os pilares do atendimento emergencial. Condutores ganham em média entre R$ 1.500 e R$ 1.800 mensais e muitas vezes acumulam funções técnicas e de direção. 

    De acordo com Carlos Du, o ministro Alexandre Padilha se comprometeu a fazer o estudo do impacto no orçamento. “A gente sabe que chegar próximo ao percentual ideal não vai acontecer, não há orçamento na União para isso, mas ele se comprometeu a fazer um estudo de pelo menos os dois índices da inflação dos dois últimos anos e o 13º que é um problema, porque a maioria dos consórcios, o regime é CLT e a gente não recebe uma 13ª parcela”, explicou.

    Turismo como aposta para o futuro

    Apesar dos desafios, Barbacena vislumbra alternativas de desenvolvimento, especialmente no setor de turismo e agroindústria. O prefeito celebrou o sucesso da Exposição Agropecuária e do evento Sonho de Natal, que atraiu mais de 300 mil visitantes em 2024. Carlos Du afirmou que o ministro do Turismo, Celso Sabino, sinalizou um aporte para o evento Sonho de Natal, que de acordo com Du, o próprio ministro classificou como o maior evento natalino de Minas Gerais.

    Barbacena articula com o Ministério do Turismo o fortalecimento do turismo regional, com eventos conjuntos entre cidades vizinhas. “As cidades não são concorrentes. Se trabalharmos em rede, todos crescem”, afirmou o prefeito.

    Além disso, o município aposta na atração de agroindústrias e no fortalecimento do setor de serviços como motor de geração de emprego e arrecadação.

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