• Caminhoneiros marcam paralisação, mas governo vê ameaça vazia

    Caminhoneiros dizem que movimento será 'principalmente' em Santos, caso não haja uma 'resposta concreta' do governo para as reivindicações da categoria

    A categoria dos caminhoneiros, desde o último sábado (16/10), se diz em “estado de greve” e, durante o fim de semana, líderes de entidades do setor fizeram críticas ao presidente Jair Bolsonaro. As  associações prometem entregar uma lista de reivindicações para o governo ainda nesta segunda-feira (18/10) e, de acordo com as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitar paralisação nacional a partir de 1º de novembro. O governo, porém, minimiza a mobilização.

    O cumprimento do valor mínimo do frete rodoviário, a aposentadoria especial para a categoria (aos 25 anos de trabalho) e a mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis para reduzir a flutuação do diesel são alguns dos itens que estão na pauta dos caminhoneiros.

    De acordo com apurações, o governo federal vê a mobilização como ameaças feitas antes – e que mais uma vez não devem ser cumpridas. Segundo uma fonte, desde 2018 já foram 16 tentativas de paralisação malsucedidas, sendo quatro delas neste ano. Também foi apurado que a mudança do preço dos combustíveis, a partir de uma “canetada”, também não é uma possibilidade. Oficialmente, porém, o governo não comentou o assunto.

    O documento com reivindicações a ser entregue ao governo será assinado pela Abrava, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL). Conforme as entidades, é a primeira vez desde 2018 que as três associações atuam juntas em um mesmo movimento.

    Não é descartada por parte dos líderes dos caminhoneiros uma flexibilidade no cumprimento de todas as demandas feitas ao governo. Contudo, as lideranças dizem querer ver direcionamento em torno de medidas concretas.

    ROMPIMENTO?

    Questionados sobre um rompimento com o governo do presidente Jair Bolsonaro, os representantes descartam uma ruptura formal e dizem que o movimento é apartidário, apesar da forte presença da categoria na mobilização convocada no dia 7 de Setembro pelo presidente.

    Considerados base eleitoral de Bolsonaro, os caminhoneiros expressam insatisfação com o acúmulo de medidas anunciadas e não cumpridas.

    Com informações do Estado de Minas

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