

Bernardo Campos: Em primeiro desafio pós-copa, Brasil é superado pelo Marrocos
Bernardo Campos assina a coluna de esportes da Folha de Barbacena

Créditos: Rafael Ribeiro/CBF
No último sábado, no Estádio Ibn-Batouta, localizado na cidade de Tânger, deu-se início a um novo ciclo para a Seleção Brasileira. Era chegada a hora de esquecer a melancólica eliminação para a Croácia nas quartas de final do Mundial do Catar, e começar a trilhar o caminho para o próximo objetivo: A Copa do Mundo de 2026, a qual acontecerá em três países: Canadá, Estados Unidos da América e México.
Com rostos novos vestindo a Amarelinha, tais como Andrey Santos, Vitor Roque e Raphael Veiga, a expectativa do torcedor era a mais positiva possível, já que uma renovação na Seleção era necessária. Porém, como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade, “no meio do caminho tinha uma pedra”. O nome desta pedra era Marrocos, e a mesma estava sedenta em frustrar as expectativas brasileiras.
O Brasil foi superado pela Seleção Marroquina pelo placar de dois a um. O ponta-esquerda Sofiane Boufal e o meia-atacante Abdelhamid Sabiri trataram de marcar para a seleção que foi surpresa na última Copa, ficando em quarto lugar; enquanto o volante Casemiro brocou o único tento da Seleção Canarinho na partida.
Escalações
Walid Regragui escalou o Marrocos num 4-3-3. Seus onze titulares eram os mesmos que fizeram a campanha surpreendente no Catar: Bounou; Mazraoui, Saïss; Aguerd e Hakimi; El Khannous, Amrabat e Ounahi; Boufal, En-Nesyri e Hakim Ziyech. Um time com uma admirável qualidade, que dava brilho nos olhos ao presenciá-la dentro das quatro linhas.
Ramon Menezes, técnico interino do Brasil, também escalou num 4-3-3. Porém, o que se via era uma Seleção totalmente diferente da eliminada em dezembro: Weverton; Alex Telles, Ibañez, Éder Militão e Emerson Royal; Lucas Paquetá, Casemiro e Andrey Santos; Vinícius Júnior, Rony e Rodrygo.
O Jogo
A partida começou com o Brasil dominando a posse da bola. A troca de passes, porém, não surtia nenhum efeito. Quando a seleção africana ficava com o controle da pelota, o Esquadrão de Ouro subia as linhas e pressionava no campo de ataque. E foi essa tática organizada por Ramon Menezes que fez o Brasil sair atrás no placar: A mesma deixou o meio-campo e a defesa expostos, e facilitou a infiltração marroquina. Aos vinte e nove minutos da etapa inicial, El Khannous entra livre na área e toca para Boufal, que gira sobre Ibañez e bate no cantinho, sem chances para Weverton. O placar estava aberto!
Na segunda etapa, a Seleção Canarinho chegou ao tento de empate. Aos vinte e dois minutos, Lucas Paquetá conduz a bola e toca para Casemiro, que chuta de fora da área e Bounou, numa falha simplesmente bizarra, acaba por deixar a pelota entrar.
A alegria, porém, só durou doze minutos. O ponta-direita Antony acabou perdendo a posse da bola para o lateral-esquerdo Attiyat Allah que cruzou; Éder Militão furou; Walid Cheddira desviou, e Abdelhamid Sabiri fuzilou com raiva para decretar o triunfo dos marroquinos!
DESTAQUE INDIVIDUAL: RONY RÚSTICO!
O jogador de vinte e sete anos do Palmeiras fez uma boa apresentação perante a equipe de Regragui! O mesmo finalizou com perigo diversas vezes para a meta de Yassine Bounou, o qual teve de trabalhar bastante durante todos os noventa minutos! Rony mostrou que merece outra oportunidade com a camisa amarela. Merece uma segunda chance, torcedor?
O VEREDITO FINAL
Após tudo que foi mencionado, é possível afirmar que o início do novo ciclo não anima nem um pouco os torcedores brasileiros. A Seleção Canarinho realizou uma apresentação futebolística pífia, e que não representa nem um pouco de sua força em âmbito internacional. Esperamos que essa próxima etapa venha com novos aprendizados, novas pessoas, novas ideias e, é claro, conquistas. Vamos Brasil! Está na hora de retornarmos ao nosso lugar: Ao topo!
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