Na última segunda-feira (10/03), o projeto “Voo pela Saúde” completou um mês, sendo esta uma nova estratégia no combate à dengue utilizando drones para mapear áreas com maior incidência de focos do mosquito Aedes aegypti. A tecnologia possibilita a identificação de locais de risco e a aplicação de larvicidas em áreas de difícil acesso. De acordo com dados do Boletim Epidemiológico, no ano de 2025 foram 213 casos notificados, sendo 79 casos confirmados e 134 casos descartados.

De acordo com alguns dados preliminares já disponíveis, foram mapeados entre os dias 10 e 17 de fevereiro 496,90 hectares, compreendendo os bairros João Paulo, Santa Maria, Nove de Março, Grogotó, São Pedro e Santa Efigênia. Foram identificados 311 pontos como possíveis focos de dengue.

Já no segundo ciclo de voo, realizado entre os dias 17 e 21 do mesmo mês, foram mapeados 487,50 hectares, compreendendo os bairros Monte Mário, Jardim e Monte Mário. Foram identificados 274 pontos como possíveis focos de dengue.

No total já foram realizados o mapeamento de 984 hectares com 586 pontos de interesse para verificação dos agentes de combate a endemias. Inicialmente, foram realizadas inspeção de 396 desses pontos.

Um terceiro ciclo está em fase de execução. Os percentuais quanto aos principais depósitos identificados foram:

Pontos de Interesse por Classe

Classe	Descrição	Quantidade	Percentual
B	Depósitos móveis – Vasos/frascos com água, pratos, garrafas.	100	17%
A1	Depósitos suspensos de armazenamento de água (Ex. caixas d’agua)	82	14%
C	Depósitos fixos – Tanques em obras de construção civil, borracharias, sanitários em desuso, piscinas não tratadas	62	11%
A2	Outros depósitos de armazenamento de água (ao nível do solo) Ex.: Tambor, barril.	41	7%
OUTROS	–	8	1%

D1 Pneus e outros materiais rodantes –  124 – 21%

D2 Materiais diversos acumulado (lixo sucata entulho) – 169 – 29%

O mapeamento consiste em um aerolevantamento detalhado, gerando diversas imagens dos bairros. Os pontos foram direcionados pela Secretaria Municipal de Saúde (SESAP), através da Vigilância, em decorrência dos bairros de maior incidência de casos de dengue do ano interior. Essas imagens resultam em ortofotos, que permitem identificar criadouros do mosquito, como pneus, piscinas, caixas d’água destampadas, dentre outros.

Após a análise, os agentes de combate às endemias recebem os dados e tomam as medidas necessárias para eliminar ou tratar os focos identificados. Em locais inacessíveis, os drones também são utilizados para aplicar larvicida, garantindo um controle mais eficaz da proliferação do mosquito.