

Barbacena recebe primeiro encontro de brechós e incentiva moda sustentável
O evento reunirá 10 expositores e o objetivo é que, caso dê certo, seja realizado mensalmente em diferentes bairros da cidade

Na próxima quarta-feira (12/02), acontecerá o primeiro Encontro de Brechós de Barbacena, um evento que tem por objetivo incentivar a cultura da moda sustentável, oferecendo peças de qualidade a preços acessíveis. O evento reunirá 10 expositores e será de 9h às 17h na Casa dos Pastéis, localizada na rua Tomaz Gonzaga, nº 55 no bairro Boa Morte.
A iniciativa surgiu a partir da ideia da empreendedora Maria Dias, que viu a necessidade de fortalecer o setor na região. “Barbacena está muito fraca nessa cultura de brechó, enquanto, nas cidades grandes, a moda sustentável já está a mil por hora”, explica Maria. Segundo ela, muitas pessoas ainda têm preconceito com roupas de segunda mão, mas garantiu que os produtos vendidos no evento são de excelente qualidade, muitos até com etiquetas e sem uso. “As nossas peças são todas de qualidade. Eu não ponho aqui no meu brechó, e as meninas também não colocam, coisas ruins. São só peças bem selecionadas”, afirma.
O evento acontecerá na Casa dos Pastéis, espaço cedido gratuitamente pelos proprietários. Além disso, a divulgação tem sido feita por meio das redes sociais, com a ajuda das demais participantes da iniciativa. “Se der certo esse primeiro, a gente quer fazer todo mês, em diferentes bairros, para mais pessoas terem a possibilidade de conhecer nosso trabalho”, destaca Maria.
Além de promover o reuso consciente, a organizadora enfatiza a relevância da moda sustentável em um momento de dificuldades financeiras para a população. “O povo está sem dinheiro. Roupas novas estão caríssimas e, além disso, todas parecem iguais, como se fossem um uniforme. Nos brechós, você encontra peças únicas, que ninguém mais vai ter igual”, explica.
Maria, que trabalha com revenda de roupas há mais de três anos, conta que começou o negócio ao desapegar das próprias peças. Com o tempo, passou a adquirir roupas de outras pessoas para revender. Atualmente, possui um espaço físico dedicado ao brechó. “Sempre gostei disso e agora quero que mais pessoas tenham acesso a essa alternativa econômica e sustentável”, conclui.


