Baby can I hold you?
Por Nayara Coelho
Depois de tanto tempo,
é tão estranho perceber
que quem fazia parte
dos meus mais sinceros pensamentos diários,
Agora vem visitar-me
Apenas uma vez ou outra,
No momento mais vulnerável:
Em meus sonhos!
Detesto quando isso acontece!
Uma utopia onde tudo está bem
Em que você me pergunta
Com a voz mansa
que tanto já me tirou do eixo:
“Baby, posso te abraçar?”
Eu não sei negar,
E quando nossos corpos se tocam
A velha sensação que eu tanto era viciada
Me toma por inteiro outra vez.
Então eu acordo,
Sinto aquele vazio,
Logo o motivo que me fez afastar,
volta em uma velocidade inversamente proporcional ao tempo que levei para superar.
Então me pergunto:
Será que vou mesmo esquecer?
Ou apenas aprender a conviver?
Por tantas vezes quis voltar no tempo
Para reviver esses momentos,
Mas agora a cada dia que passa
Sinto os fragmentos dessas memórias
Se espalharem aos quatro ventos.
E eu simplesmente as deixo ir,
Pois pude constatar
Que nada disso me pertenceu!