• Atraso em envio de medicamentos na Farmácia de Alto Custo pelo Estado prejudica tratamento de pacientes em Barbacena

    Na última semana, 81 medicamentos estavam sem previsão de chegada

    Pacientes que fazem uso de remédios de alto custo que deveriam ser fornecidos pela farmácia de alto custo, que pertence ao estado, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentam problemas para a retirada de medicamentos. Em apuração da Folha de Barbacena na última semana, dos 88 cujos estoques não foram suficientes para atendimento de toda a demanda do mês, 81 estavam sem previsão de chegada. O atraso é ainda mais agravante, já que nem todos os medicamentos de alto custo estão disponíveis no mercado, pois são fabricados por órgãos do Estado, como a Marinha.

    Usuários deste tipo de medicamentos, afirmaram a Folha de Barbacena que o tempo de espera para medicamentos tem tido um atraso significativo. Anderson Araújo, faz tratamento com esse tipo de medicação e relatou que os medicamentos chegaram a três semanas. “Além do meu, estão faltando vários de outras doenças. Medicamentos importantes que a gente que usa não pode ficar sem”, afirmou. Durante a construção da reportagem, os medicamentos haviam sido entregues a Anderson Araújo.

    De acordo com a Prefeitura, a responsabilidade do município é fornecer apenas a estrutura física e funcionários da Farmácia, enquanto o fornecimento é de responsabilidade do Estado. “Todos os meses é divulgada uma lista com os medicamentos que o Estado não conseguirá entregar e a justificativa para essa falta, que normalmente é relacionada a processos licitatórios ou atraso por parte do Ministério da Saúde”, declarou o órgão, informando que os remédios que estão em falta na cidade também não foram entregues em toda Minas Gerais.

    “Sempre que um medicamento figura nessa lista, nós monitoramos todas as possibilidades de remanejamento e doação para que os pacientes não fiquem desassistidos”, esclareceu, também pontuando que a previsão para a normalização do fornecimento depende do órgão estadual.

    Em contato com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), foi informado que inúmeras causas podem ser responsáveis pela interferência no abastecimento de medicamentos em Minas Gerais. “Diversos fatores podem acarretar escassez de disponibilidade de medicamento ao usuário final. Alguns desses fatores estão relacionados ao processo de aquisição, procedimento logístico, disponibilidade de insumos farmacêuticos, desvios de qualidade, atrasos na entrega pelos fornecedores.

    A SES concluiu a nota enviada a reportagem afirmando que “tem empenhado todos os esforços para a resolução do abastecimento de medicamentos para que os cidadãos sejam atendidos em suas necessidades com qualidade e tempestividade”, finalizou.

    O Ministério da Saúde, citado na matéria, não respondeu os e-mails da reportagem até o seu fechamento.

    A previsão para a próxima entrega de medicamentos é para a primeira semana de abril. Informação podem ser obtidas pelo (32) 3198-1089 ou o número celular que agora é (32) 99871-7711.

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