Após o início de 2023 marcar o registro de diversos recordes de temperatura, tendo Barbacena registrado 34.7 Cº em seu dia mais quente, o ano de 2024 começou com a chegada das chuvas. Apesar de não haver previsão de mudança no tempo para os próximos dias, o coordenador da Defesa Civil, Ângelo Pádua, afirmou que os monitoramentos recebidos apontam não haver preocupação com chuvas concentradas em poucos minutos neste início de ano.

De acordo com o coordenador, o maior receio no momento são as variáveis que potencializam os danos como ventos, granizo, muito volume de chuva em pouco tempo entre outras. A chegada destes fenômenos com mais intensidade foram os causadores dos maiores danos no período chuvoso de 2022 para 2023.

Sobre o trabalho realizado pelo órgão, Pádua explicou sobre o aumento dos riscos nesta época do ano. “O período chuvoso exige ainda mais das equipes de Defesa Civil, visto que se intensificam os riscos de alagamentos, deslizamentos de terra, inundações e outras situações que, principalmente em áreas mapeadas como de risco, potencializam situações de perigo às pessoas”, explicou Pádua.

O especialista em meteorologia Sandro Moreli apontou que até às 10h de hoje (04/01) já choveu 73,8 mm no acumulado do mês, o que corresponde a 25,39% da média de janeiro, que é de 290,6 mm. Segundo ele, a previsão é que o volume das chuvas diminua a partir de amanhã (05/01). “Estamos passando por um sistema de baixa pressão denominado cavado que está causando essa chuva intermitente das últimas 48 horas. O sistema continua ativo em nossa região ainda hoje, mas começa a se afastar para o oceano, o que já possibilita uma diminuição no volume de chuva a partir de amanhã e a possibilidade de abertura do tempo já no sábado”, esclareceu.

Enquanto a reportagem conversava com Ângelo Pádua, o coordenador da Defesa Civil informou que estava sendo atendida uma solicitação de deslizamento de terra no bairro São Pedro, sendo este o único registro de ocorrência realizado até o momento neste início de ano. De acordo com Pádua, o município recebeu o apoio do Serviço Geológico do Brasil no final do ano passado para a atualização do registro de áreas de risco, mas a atualização ainda não foi oficializada, de forma que o último monitoramento feito indica 3600 pessoas em 23 áreas mapeadas como de risco na cidade.

As principais orientações são que a população evite trânsito de veículos e pedestres em locais onde normalmente ocorrem alagamentos como Pontilhão, margens do córrego da rua Bahia, entre outros. Em caso de qualquer situação em residências que possa haver risco aos moradores como telhados fragilizados, deslizamentos de terra que possam atingir as casas, entre outras situações que possam gerar perigo, é recomendado que todos saiam imediatamente do local e façam o acionamento através do número (32) 3693-8501.