• Agentes da Pastoral Carcerária realizam reunião em Barbacena para discutir a realidade do sistema prisional

    Pastoral Carcerária está presente nas paróquias Nossa Senhora da Piedade e São Sebastião, em Barbacena; São Manoel, em Rio Pomba; e Sant’Ana, em Carandaí.

    Foto: Leonardo Moreira dos Santos

    A Pastoral Carcerária da Região Mariana Sul promoveu, no dia 18 de maio, uma reunião formativa no Centro da Pastoral Regional em Barbacena. Na pauta, estavam a Resolução CNPCP nº34, que trata sobre o livre exercício de cultos religiosos e a prestação de assistência religiosa nos espaços de privação de liberdade, e a realidade do sistema prisional da região.

    O encontro contou com a presença de dez agentes e coordenadores da pastoral que atuam nas cidades de Barbacena, Carandaí e Rio Pomba. A conversa foi intermediada pela Coordenadora Nacional para a Questão da Mulher Encarcerada, Magda de Fátima Oliveira.

    A reunião teve início com um momento de oração voltado para as pessoas privadas de liberdade a partir da meditação bíblica: “Lembrem-se dos presos, como se vocês estivessem na prisão com eles. Lembrem-se dos que são torturados, pois vocês também têm um corpo” (Hebreus 13,1-3).

    De acordo com Magda, inicialmente o momento seria voltado para uma conversa relacionada mais ao documento, publicado em 24 de abril deste ano, entretanto, a partir das dúvidas dos participantes outros assuntos foram abordados. “A necessidade dos agentes provocou que, além da conversa sobre a Resolução 34, conversássemos ainda sobre Conselho da Comunidade, saúde mental e sistema manicomial”, informou.

    O Assessor Regional da Pastoral Carcerária, Padre Oldair de Paulo Mateus, também participou da conversa e ressaltou alguns pontos preocupantes que, na sua opinião, merecem atenção por parte de toda Arquidiocese. “Conversamos muito sobre os problemas que os presidiários têm enfrentado e a situação que vivemos com o encerramento de atividades dos Manicômios Judiciários, como o que temos em Barbacena. Percebemos o risco que os privados de liberdade dessas instituições correm ao serem transferidos para presídios comuns, sem nenhum suporte aos problemas de saúde que enfrentam”, apontou o sacerdote. Atualmente, ele é quem acompanha as visitas no presídio da cidade.

    Durante o encontro, os agentes compartilharam suas experiências e fizeram um levantamento dos desafios que encontram nas visitas às pessoas privadas de liberdade nas diversas Unidades Prisionais. “Magda orientou aos agentes com relação a essa percepção [falta de suporte aos cuidados com a saúde] no ato das visitas, além de orientar com relação a questões que podem ser percebidas nestes momentos, como alimentação e cuidados, para que a pastoral exerça a sua função de intervir pelos privados de liberdade. Outro ponto discutido foi para que se voltassem nossas orações e ações a situação dos presídios no Rio Grande do Sul, diante das intercorrências climáticas, despertando ainda mais a gravidade para a situação dos presidiários que lá estão”, completou Padre Oldair.

    Segundo os agentes, a ideia equivocada que somente cidades que possuem presídios devem contar com a Pastoral fazem com que o trabalho nem sempre seja ampliado para demais cidades e paróquias. Conforme a coordenação e agentes, o ideal é que não só os privados de liberdade sejam assistidos, mas também seus familiares. Ainda, apontaram também a necessidade de um acompanhamento maior por parte de todas as paróquias junto às pessoas privadas de liberdade enviadas de outras cidades para os dois presídios que hoje estão ativos na Região Sul, nos municípios de Barbacena e Rio Pomba.

    Atualmente, a Pastoral Carcerária está presente nas paróquias Nossa Senhora da Piedade e São Sebastião, em Barbacena; São Manoel, em Rio Pomba; e Sant’Ana, em Carandaí.

    Com informações da Arquidiocese de Mariana

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