A pandemia da Covid-19 trouxe para diversos setores um impacto significativo. Com a queda mundial de 3,8% na receita da mídia e o entretenimento, no Brasil, o setor apresentou uma redução de 6% da renda em relação a 2019. O país perdeu duas posições no ranking mundial, caindo para o 11º na 22ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2021-2025.

O estudo, elaborado pela consultoria PwC, apresenta previsões de 53 países e 14 segmentos para os próximos cinco anos. Entre os meios analisados estão internet, publicidade de jornal e revista, TV por assinatura, livros, cinema e vídeo OTT (vídeo de TV ou cinema, que inclui serviços de streaming).

A receita do cinema despencou 70,4%, apresentando no país a queda mais drástica, com 86%. Em compensação, o consumo de vídeo OTT cresceu 29,4%, mostrando que os fãs de filmes, séries e entretenimento recorreram ao streaming com o fechamento em decorrência da pandemia.

Apesar dos números, o estudo aponta uma perspectiva otimista para o setor de mídia e entretenimento até 2025. No Brasil, a expectativa da pesquisa anterior (de 2020 a 2024) previa o crescimento de 2,5%. De 2021 a 2025, estima-se que o aumento seja de 4,7% (partindo de um patamar baixo), mas dentro das previsões globais, de 5%.

O cinema é o segmento que apresenta maior perspectiva de crescimento, cerca de 40% ao ano. E o vídeo OTT continuará subindo cerca de 13% a cada 365 dias. Ainda sim, a arrecadação nas bilheterias brasileiras, que foi de apenas US$96 milhões em 2020, deve chegar a RS$518 milhões em 2025, aproximadamente o mesmo nível de 2016.

Com informações do Estado de Minas