Ponto de Partida estreia musical inédito baseado na obra do poeta e compositor Fernando Brant
"Fernando Brant e tudo que a gente sonhou" ficará em cartaz nos dias 5 e 6 de maio, na Estação Ponto de Partida
O Ponto de Partida estreia às 20h dos dias 5 e 6 de maio o musical “Fernando Brant e tudo que a gente sonhou”. O evento acontecerá na Estação Ponto de Partida, localizada em Barbacena, e marca o retorno do grupo aos palcos no ano em que completa 43 anos de travessia. Os ingressos já estão disponíveis para a venda.
Fernando Brant e tudo que a gente sonhou vem cumprir o desejo do Presidente Wagner Ferreira da Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma) que procurava uma forma de prestar uma homenagem ao compositor Fernando Brant. Jair Raso, diretor do teatro Feluma, sugeriu então que se convidasse o grupo Ponto de Partida para criar um espetáculo, por dois motivos principais: o grupo mineiro há anos desenvolve uma linguagem brasileira para musicais e teve Fernando Brant como parceiro, desde Beco – a ópera do lixo (1990), um dos maiores sucessos da carreira da companhia.
Várias vezes o Ponto de Partida e Fernando Brant conversaram sobre produzir um musical, uma das suas grandes paixões, com sua obra. Ora por um motivo, ora por outro isso nunca aconteceu. Em 2022, vindo de outras paragens, o sonho outra vez se assanhava. Não havia possibilidade de deixá-lo escapar.
Aceito o convite-desafio, o Ponto de Partida lançou-se à investigação de toda obra do poeta, disponibilizada por sua família, através de sua filha Bel Brant.
Depois de meses de trabalho está de pé Fernando Brant e tudo que a gente sonhou.
O musical não tem a menor pretensão de esgotar a vastíssima obra de Brant. Também não é uma antologia, uma seleção ou uma biografia. Com certeza é uma celebração, onde o poeta se encontra muito à vontade – vivo, contemporâneo, eterno, imprescindível.
O espetáculo canta a palavra e, com delicadeza e irreverência, brinca, a sério, com a possibilidade de entender os processos criativos da cabeça de um vendedor de sonhos.
Cunhado com a marca inconfundível da linguagem estética do Ponto de Partida, este trabalho apresenta, talvez, a proposta de encenação mais coletiva do grupo, com todo o elenco permanentemente em cena – cantando dançando, interpretando, tocando.
O texto foi construído, integralmente, a partir das letras e algumas crônicas do compositor e Milton Nascimento, Tavinho Moura, Toninho Horta oferecem a música como parceira indispensável. Portanto o público vai escutar desde sucessos antológicos como Encontros e Despedidas, Bailes da vida, Canções e Momentos, Travessia, Paixão e Fé, Manuel o audaz a outras preciosidades, menos conhecidas, compostas especialmente para o repertório do Ponto de Partida, todas em parceria com Gilvan de Oliveira.
A música apresenta-se, ao vivo, conduzida por uma banda formada por piano, sax, clarineta, flauta, violão, bateria e voz.
As canções, que estão incorporadas à memória afetiva de tantas gerações, ganharam da direção musical arranjos inéditos, que vão surpreender aos velhos e novos conhecidos desse poeta que, com mineira teimosia, não cansa de reafirmar sua “estranha mania de ter fé na vida e a certeza de que sonhos não envelhecem.”
O musical tem direção e dramaturgia de Regina Bertola e faz sua estreia nacional no Teatro Feluma, com apenas três apresentações. Os ingressos podem ser adquiridos na Estação Ponto de Partida, sendo os valores: Inteira (R$50), Clube de Amigos do Ponto de Partida (R$40) e Meia (R$25).