O Sebrae Minas completa 50 anos de atuação nesta segunda-feira (11/07). Neste meio século de história, a instituição se destacou pelo apoio às micro e pequenas empresas e pelas ações de estímulo ao empreendedorismo, melhoria do ambiente de negócios e do desenvolvimento econômico dos municípios mineiros.

Hoje, o que justifica esse trabalho são mais de 3 milhões de empreendimentos formais, que respondem por 58% dos empregos e 40% dos salários pagos no estado. Este é o retrato atual dos pequenos negócios, segmento que representa 99% das empresas ativas em Minas Gerais.

Além do atendimento individual, apoiando cada empreendedor em sua trajetória à frente do próprio negócio, o Sebrae Minas investe em estratégias de desenvolvimento de setores e territórios do estado. No suporte empresarial, oferece diversas soluções para apoiar os empreendedores na melhoria da gestão e na busca do crescimento.

Todo o atendimento realizado pela instituição, de forma presencial ou remota, tem o propósito de despertar e fortalecer atitudes e competências essenciais para aumentar a competitividade dos pequenos negócios. “Não é exagero dizer que grande parte das micro e pequenas empresas mineiras bem-sucedidas transformou ou iniciou corretamente seus negócios com a assessoria e o apoio do Sebrae Minas. A instituição tem um índice de recomendação superior a 83 pontos, um patamar considerado de excelência”, destaca Roberto Simões, presidente do Conselho Deliberativo.

 Meio século de inovação e pioneirismo

 Investimentos em tecnologia, conhecimento e inovação sempre foram prioridade para o Sebrae Minas. Para acompanhar a evolução das micro e pequenas empresas, a instituição desenvolveu soluções que suportaram os pequenos negócios, tanto nos momentos de prosperidade quanto nos difíceis. São diversos projetos impactantes e transformadores, como a Escola Técnica de Formação Gerencial (ETFG), hoje Escola do Sebrae, o Educampo, o Núcleo de Empreendedorismo Juvenil (NEJ), para citar apenas alguns.

A Escola do Sebrae, criada em 1994, inaugurou a trajetória da instituição na educação empreendedora de jovens. “A escola lançou um modelo pedagógico inovador, aliando o Ensino Médio ao Técnico em Administração. Ela já formou mais de 12 mil alunos, que saíram de lá preparados não apenas para gerir bem um negócio, mas, principalmente, para serem protagonistas em suas carreiras e na sociedade”, frisa Roberto Simões.

Esse pioneirismo, aliado aos trabalhos de disseminação da educação empreendedora nas escolas públicas do estado, alcançando educadores e alunos do Ensino Fundamental ao Superior, deram ao Sebrae Minas a atribuição de responder, em nível nacional, pelo Centro de Referência em Educação Empreendedora, o CER, uma plataforma digital de estudos, pesquisas, ferramentas e tecnologias sobre o tema.

O Sebrae Minas inova dia a dia, para oferecer soluções adequadas às necessidades das micro e pequenas empresas e à criação de um ambiente favorável ao empreendedorismo. Para isso, a instituição também realiza um amplo trabalho de articulação e apoio na elaboração e implementação de políticas públicas e medidas legais que ajudam a garantir melhores condições de competitividade e sustentabilidade aos pequenos negócios.

Um exemplo dessa atuação é a Abordagem DEL – Desenvolvimento Econômico Local, um modelo de intervenção criado pelo Sebrae Minas, em 2016, para apoiar o poder público municipal e as lideranças locais na estruturação de iniciativas e projetos que contribuam para estimular o empreendedorismo, os pequenos negócios e o progresso.

O DEL orienta o planejamento estratégico de ações para dinamizar as vantagens competitivas e favorecer o crescimento econômico de uma localidade. Ao mesmo tempo, permite elevar o capital empreendedor, fortalecer o tecido empresarial, solidificar a governança para o desenvolvimento, a reestru­turação produtiva e a inserção global do território.

50 + 50: passado, presente e futuro em sintonia

 O Centro de Assistência Gerencial de Minas Gerais (Ceag-MG), inaugurado em 11 de julho de 1972, foi instituído pela Fundação João Pinheiro e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Uma semana antes, naquele mesmo ano, o Governo Federal criou o Centro Brasileiro de Assistência Gerencial às Pequenas e Médias Empresas (Cebrae), inaugurado em 5 de julho.

O Ceag-MG nasceu com a missão de reduzir o alto índice de mortalidade das pequenas e médias empresas do estado. Os empreendedores recebiam orientação técnica e gerencial para melhorar o desempenho dos negócios, mas já em seus primeiros anos a instituição se tornou uma referência no incentivo ao empreendedorismo em Minas Gerais.

“Ao longo desses 50 anos, ações lideradas ou apoiadas pelo Sebrae Minas garantiram tratamento legal diferenciado aos pequenos negócios, como a redução de impostos e a desburocratização do processo de abertura e gestão de empresas. A criação do SIMPLES, em 1996, e a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 2006, foram algumas conquistas importantes do segmento: e o Sebrae participou ativamente da construção desses marcos legais”, conta Roberto Simões, presidente do Conselho Deliberativo.

O Sebrae acompanhou as mudanças econômicas e sociais de cada década, buscando sempre oferecer aos empreendedores o suporte necessário para superar os desafios e impulsionar os negócios. E mais recentemente, diante dos inúmeros desafios impostos pela pandemia aos empreendedores, o Sebrae se consolidou como um serviço essencial à sociedade.

Em meio às turbulências provocadas pela suspensão das atividades presenciais de vários segmentos, a instituição ofereceu amplo acesso aos empreendedores a produtos e serviços para a atualização dos seus modelos de negócio. “Esse apoio foi e continua sendo fundamental para que os empreendedores sigam acompanhando as mudanças no comportamento do consumidor, fortaleçam sua presença digital e busquem se posicionar de forma mais competitiva e sustentável no mercado”, conclui Simões.

 Pequenos negócios geram 7 a cada 10 empregos em Minas Gerais

 Somente nos quatro primeiros meses de 2022, as micro e pequenas empresas (MPE) mineiras geraram um saldo de 53.977 novos postos de trabalho, o que representa 74,6% do saldo total para o estado. O resultado é quatro vezes maior que o saldo gerado pelas empresas de médio e grande porte, que fecharam o mesmo período com um saldo de 18.333 vagas, 25,4% do total.

“Os pequenos negócios são fundamentais para a geração de trabalho, renda e para o desenvolvimento de Minas Gerais. São um segmento estratégico para a economia e precisam ter sua importância cada vez mais reconhecida pela sociedade”, destaca o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Roberto Simões.

Segundo Simões, a instituição tem como uma de suas prioridades estratégicas articular parcerias e esforços com o objetivo de criar, em cada município mineiro, condições que favoreçam a iniciativa empreendedora, o amplo acesso a serviços e produtos de orientação e capacitação gerencial, além da criação e implementação de leis e medidas que desonerem e simplifiquem o dia a dia dos pequenos negócios.

“O legado que recebemos ao longo desses 50 anos nos deu condições de cumprir nosso propósito de ‘impulsionar o empreendedorismo para transformar vidas’. Chegamos até aqui graças à confiança e ao reconhecimento da sociedade. E vamos trilhar o futuro convictos de nossa responsabilidade, dispostos a ser sempre efetivos em nossa missão: de contribuir com o sucesso de cada empreendedor e o desenvolvimento do nosso estado”, afirma.